Esporte

Dirigentes do Vila Nova admitem frustração com derrota no OBA, mas acreditam em virada no Accioly

Diomício Gomes
Lance da vitória do Atlético-GO sobre o Vila Nova na ida da final

TANDARA REIS

Um dia após o Vila Nova largar em desvantagem na final do Campeonato Goiano, o vice-presidente do clube, Leandro Bittar, admite que a decepção pela derrota para o Atlético-GO (2 a 0) ainda repercute no colorado.

“Internamente, é lógico que fica a frustração pela derrota. Esperávamos ter um resultado diferente, ter feito um jogo melhor do que fizemos, mas infelizmente não conseguimos ter o mesmo desempenho dos últimos jogos. Também não jogamos a toalha. Lógico que ficou mais difícil, sabemos disso, mas jogar a toalha, jamais. A esperança é que possamos fazer um jogo melhor e, quem sabe, se tivermos uma tarde feliz, conseguir reverter esse placar”, disse.

O Tigre vem de uma sequência de partidas decisivas pelas quartas de final da Copa Verde e da semifinal do Campeonato Goiano. O desgaste físico foi apontado por jogadores, técnico e dirigentes como um dos motivos para o fraco desempenho colorado frente ao Atlético-GO.

Para Frontini, ex-jogador e diretor de futebol do Vila Nova, o clube foi prejudicado pela Federação Goiana de Futebol (FGF), já que o Dragão, que não disputa a Copa Verde, jogou o segundo jogo da semifinal na última segunda-feira (25 de março), enquanto o Tigre entrou em campo na quarta-feira (27 de março) e teve menos tempo de preparação e descanso para o clássico de domingo (31 de março).

“Principalmente por ter passado dentro de campo, falo com 100% de autonomia que o aspecto físico foi fundamental. Entendemos que podiam mudar a data de um jogo ou de outro, mas nós jogamos dois clássicos contra o Goiás (pela Copa Verde), depois jogamos contra a Aparecidense na semifinal. O Atlético-GO foi beneficiado pela antecipação de jogo. Por que não jogaram um dia depois? Jogaram na segunda-feira e ficaram esperando a gente jogar. Deu tempo deles treinarem e descansarem. Nós não tivemos isso. Fomos totalmente prejudicados pela federação”, afirmou.

Nesta semana que antecede o jogo da volta, a preparação física será uma das prioridades no Vila Nova. “Agora, é recuperar a parte física, a parte mental também, descansar, trabalhar forte nessa semana para fazer um bom jogo e acreditar que é possível reverter o resultado”, falou Frontini.

Desde que Hugo Jorge Bravo assumiu a presidência do Vila Nova, em 2020, o time chegou a duas finais de Campeonato Goiano, a deste ano e a de 2021, quando foi vice do Grêmio Anápolis. Além das decisões do Estadual, o clube também disputou na final da Série C de 2020 e ficou com o título ao vencer o Remo.

Na Copa Verde, o Tigre chegou nas finais em 2021 e em 2022, mas foi vice de Remo e Paysandu, respectivamente. Apesar das frustrações nas últimas decisões, Leandro Bittar acredita que o título vai chegar em algum momento.

“Em relação à questão de estarmos chegando e não conseguindo conquistar, antigamente a gente nem chegava, então também temos que olhar por esse lado. Hoje, conseguimos disputar, equilibramos principalmente os duelos contra os nossos rivais. Se tivermos um pouquinho mais de competência, vamos acabar beliscando uma hora ou outra um título para coroar esse trabalho que a diretoria vem fazendo. É lógico que é frustrante, entendemos o torcedor, mas vai acontecer”, disse.

No próximo domingo (7), para ser campeão direto, o Vila Nova precisa vencer o Atlético-GO por três ou mais gols de diferença. Se triunfar por dois gols de vantagem, leva a disputa para os pênaltis. Apesar da dificuldade, o discurso no Tigre é de que ainda é possível levantar o troféu e acabar com o jejum de 19 anos sem vencer o Estadual.

“Primeiro, o treinador vai escolher as melhores peças para começar o jogo. Sabemos que já começamos com o resultado adverso de 2 a 0. Mas é trabalhar e tentar recuperar. Respeitamos a equipe do Atlético-GO, que fez um grande jogo no OBA, mas vamos continuar sonhando e que possamos ser campeões”, afirmou Frontini.

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