Esporte

Orgulho da paixão goiana na Copa do Mundo

Rafael Xavier
Torcedores goianos no Catar

A Copa do Mundo atrai fãs de todos os cantos do mundo para convergir em um único local. É a grande chance dos torcedores mostrarem sua paixão não apenas por seus países, mas também pelos seus clubes do coração. Os goianienses não são diferentes. Bandeiras de Atlético-GO, Goiás, Vila Nova e Goiânia circulam por Doha e região durante o Mundial no Catar, sobretudo em jogos da seleção brasileira.

A reportagem encontrou torcedores goianos que fazem questão de levar suas paixões para o mundo todo e a resposta para a pergunta sobre por que estar ali com a bandeira é quase a mesma em todos os casos: “Quero mostrar o clube”, responderam atleticanos, esmeraldinos e vilanovenses.

Não basta mostrar para outros torcedores. A intenção é obter a maior visibilidade possível. Por isso, o estudante João Pedro Drumond, de 22 anos, não mede esforços. Nos jogos do Brasil, ele se esforça para ser um dos primeiros a entrar nos estádios, cerca de três horas antes do apito inicial, para estender sua bandeira do Vila Nova atrás de um dos gols.

“Tem de chegar cedo”, decreta João Pedro, que ajuda companheiros rivais na missão. Com sua bandeira estendida, o vilanovense ajudou o atleticano Pedro Henrique Fernandes, de 31 anos. “É um clube que está crescendo e gosto de levar a marca do Atlético-GO para todo lugar. Levo essa bandeira aonde eu vou”, comentou o goiano, que mora há 10 anos em Londres e não deixa de acompanhar o Dragão.

O resultado do esforço de João Pedro e Pedro Henrique foi a exposição de suas bandeiras em local de destaque nas transmissões de TV, algo que o esmeraldino Dyogo Junqueira, de 39 anos, busca de outras formas. Circulando por Doha, ao lado de seu filho João Gabriel, de 15 anos, com sua bandeira verde e branca, o torcedor revela que a bandeira abre um canal para conexão com outras pessoas. “Já fiz até amizade por causa da bandeira. Conheci outro goiano esmeraldino que mora aqui e fomos a um churrasco na casa dele”, destacou.

Dyogo conta que a experiência de estar em uma Copa do Mundo que tem os estádios concentrados em um raio de distância tão curto (cerca de 50 quilômetros separam os locais de todos os jogos no Catar) transforma a experiência. “É extraordinário. É como se aqui fosse a ‘Copalândia’ e 100% do país está focado na Copa do Mundo. Por isso, é muito bom poder ostentar o manto esmeraldino, que me acompanha aonde eu for”, concluiu.

Torcida do Galo

O pavilhão do Goiânia também está presente em terras cataris. Nas redes sociais, é possível encontrar postagens com torcedor do Galo ostentando as cores alvinegras, algo que o próprio clube tratou de contabilizar, como ocorre com os demais times da capital. Todos publicam as fotos dos seus torcedores nos perfis nas redes sociais. “Estou em contato direto com o pessoal do Atlético-GO. Cedo fotos e vídeos para publicarem”, revelou o rubro-negro Pedro Henrique.

A partir do próximo jogo do Brasil, nas quartas de final diante da Croácia, sexta-feira (9/12), ao meio-dia (Horário de Brasília), João Pedro não tem convicção se sua bandeira estará em local de destaque no estádio. O torcedor vilanovense retornou ao Brasil, mas deixou o objeto com amigos torcedores do Tigre. “Não sei se vão ter a mesma disposição que eu tive, mas, de qualquer forma, o Vila Nova estará representado”, falou.

Rafael Xavier
João Pedro Drumond, torcedor do Vila Nova
Rafael Xavier
Dyogo Junqueira (D) e filho João Gabriel, torcedores do Goiás
Rafael Xavier
Pedro Henrique Fernandes, torcedor do Atlético-GO
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