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"Nunca quis ser sexy", diz Lady Gaga, protagonista do filme "Nasce uma Estrela"

Reprodução instagram @ladygaga
Divulgação

Lady Gaga nunca escondeu que levou anos para superar o trauma de patinho feio. “Muitas vezes, no início da minha carreira, sabia que não era a mulher mais bonita da sala. Enquanto tentava me lançar, eles sugeriam que eu desse as minhas músicas a outras cantoras, o que sempre recusei”, lembrou a diva pop, projetada em 2008 com um visual extravagante. Era como se ela quisesse se esconder por trás da maquiagem pesada e dos penteados ousados.

A resistência que sofreu permitiu que a artista entendesse perfeitamente o que a personagem de Nasce Uma Estrela, remake que estreia nesta quinta (11), enfrenta. Para viver a sua primeira protagonista no cinema, a superstar só precisou mergulhar nas próprias lembranças da época em que parte da indústria queria determinar como a sua aparência deveria ser. “Nunca quis ser sexy como as outras mulheres”, contou ela, durante a 75ª edição do Festival de Cinema de Veneza.

No longa, a intérprete de hits como “Bad Romance”, “Poker Face” e “Just Dance” abraça um papel que já foi de Barbra Streisand, em 1976, e de Judy Garland, em 1954, encarnando Ally, uma jovem talentosa que desistiu da carreira musical. Pelo menos até ser descoberta pelo astro da música country Jackson Maine, vivido por Bradley Cooper, que é também o diretor do drama. “Temos visto que essa história resiste ao tempo. As pessoas de todo o mundo acabam tocadas por ser esse lindo filme de amor, que ainda aborda aspectos difíceis da condição humana, como os vícios”, disse Lady Gaga, referindo-se ao alcoolismo do personagem de Cooper, cuja carreira está em decadência.

Famosa por seus looks exóticos, a atriz surge quase irreconhecível. “Bradley queria realmente me ver sem maquiagem. Logo que desci as escadas da minha casa, para fazer um teste, ele tinha um lenço umedecido nas mãos, com o qual limpou o meu rosto”, recordou a atriz, que pintou o cabelo da cor natural, castanho, para as filmagens. “Para alguém que não se sente sempre segura de si, como eu, Bradley me libertou”, completou ela.

A força do filme está na química que a dupla estabelece, talvez por ambos enfrentarem grandes desafios. É a primeira experiência de Cooper na direção, além de ser também sua estreia cantando diante de uma multidão. Lady Gaga vive sua primeira protagonista. Até então, tinha feito pequenas participações como atriz em Machete Mata (2013), Sin City: A Dama Fatal (2014) e na série História de Horror Americana (entre 2015 e 2016).

A estrela está colecionando elogios por convencer como garota comum e vulnerável nas telas, e há até uma expectativa de que ela seja indicada ao Oscar de melhor atriz no ano que vem. Em Veneza, Nasce Uma Estrela foi apresentado em sessão especial, sem caráter competitivo, impedindo que o drama brigasse pelo Leão de Ouro, ou Gaga, por qualquer prêmio. O fato não a incomodou. “Estou vivendo meu sonho, que sempre foi ser atriz. De cem pessoas que estiverem em uma sala, não faz mal se 99 delas não acredita em você. Basta uma. No meu caso, Bradley.”

 

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