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Zezé di Camargo diz que não houve ditadura no Brasil: 'Vivíamos um militarismo vigiado'

Foto: Reprodução/ Instagram

Em entrevista à jornalista Leda Nagle, publicada em seu canal do YouTube na última segunda-feira, 11, Zezé di Camargo falou sobre sua carreira, vida pessoal e sobre política. O cantor chegou a falar que não houve ditadura no Brasil, o que gerou repercussão nas redes sociais.

Zezé começa dizendo que se considera "muito politizado", mas que nunca seguiria carreira política por não ter vocação. "Já tive convite para isso, já conversei com alguns politicos e eles ficaram impressionados com meu conhecimento político do Brasil, mas não tenho vocação para ser. Quero ser politizado para exercer meus direitos e deveres como cidadão, mas não penso isso como profissão", disse.

Leda então questionou como o artista vê o atual momento político brasileiro. "Vou falar um absurdo para você, as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco. O Brasil lutou muito pela democracia. Eu fico com pena de como nossos políticos usaram aquela liberdade que conquistamos ao sair do militarismo, e muita gente confunde militarismo com ditadura. Todo mundo falava que vivíamos em uma ditadura, mas nós não vivíamos em uma ditadura, vivíamos no militarismo vigiado. Ditadura é Venezuela, Cuba, Hungria, Coreia do Norte, China, até o Chile com Pinochet. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura", falou Zezé.

Mas a jornalista discorda. "Nós tivemos muita gente presa, vários confrontos, tortura", ao que Zezé responde: "Mas não chegou a ser tão violenta, tão sangrenta. Eu não quero jamais isso para o Brasil, mas eu acredito que, hoje, o Brasil precisa passar por uma depuração, até pensar no militarismo para reorganizar as coisas. Aí eles vão entregar de novo, 'pronto, limpamos a corja aqui'. Acho que o Brasil precisava passar por uma depuração dessa", disse.

O artista ainda defendeu que o Ministério da Educação inclua a matéria política no ensino básico do País e comentou que seus filhos estudaram dois anos nos Estados Unidos, onde os alunos têm aula de formação do cidadão.

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