Esporte

20 dias para a Copa: Brasil tem variedade de cartas no setor ofensivo

Lucas Figueiredo / CBF
Vinicius Júnior cresceu nas duas últimas temporadas e pode ser titular na Copa do Catar

Com leque ampliado de opções, o técnico Tite revelará, no dia 7 de novembro, com a divulgação dos 26 convocados para a disputa da Copa do Mundo de 2022, quais são suas definições sobre a linha de ataque da seleção brasileira. Neste ciclo para o Catar-2022, o treinador viu a “Neymardependência” ser reduzida e o Brasil chega com boas opções para um setor tão importante.

Na seleção brasileira, o papel de destaque ainda é de Neymar, dono da camisa 10, mas que deverá ocupar uma função tanto de “arco” quanto de “flecha”, por ter a capacidade de armar e finalizar bem as jogadas.

Essa estrutura foi bastante explorada em um dos últimos amistosos da preparação brasileira para a Copa do Mundo. O time brasileiro montado por Tite goleou a seleção de Gana e convenceu com muita movimentação dos jogadores de frente e uma envolvente combinação entre eles.

O Brasil fez 3 a 0 no 1º tempo com um recital ofensivo que encheu os olhos dos espectadores. Naquele trecho da partida, Tite utilizou como formação a estrutura com Neymar (PSG), Raphinha (Barcelona), Richarlison (Tottenham) e Vinícius Júnior (Real Madrid). O meio-campo ainda contava com nomes como Lucas Paquetá (West Ham) e Casemiro (Manchester United).

Para Thiago Arantes, repórter do UOL que acompanha a seleção e o futebol europeu de perto, Tite deve partir desta estrutura para a construção da equipe para a Copa do Mundo. “Pensando especificamente no ataque, a equipe que jogou contra Gana é a melhor formação. Você coloca o Neymar como o camisa 10, um terceiro homem de meio-campo, o Vinícius (Júnior) na ponta esquerda, o Raphinha, ou o Antony, na ponta direita e um centroavante, que poderia ser o (Gabriel) Jesus, o Richarlison, em alguns momentos específicos o Pedro”, avaliou.

Além dessa opção, o técnico Tite trabalha com alternativas e variações para formar o ataque do Brasil. Uma delas seria a saída de Vinícius Júnior para a entrada de mais um volante no meio-campo para jogar ao lado de Casemiro, que seria Fred ou Bruno Guimarães, com Lucas Paquetá ocupando uma função mais ofensiva e mais próximo da área de ataque. Com isso, Neymar jogaria como um ponta esquerda.

“Penso que o Tite quer ter essas duas formações: uma mais equilibrada com dois volantes e sem o Vinícius Júnior e a formação com um super-ataque com quatro jogadores. Ele não teve essa variação tática na Copa de 2018 e foi muito ruim para a seleção brasileira naquela Copa, pois não soube responder aos desafios que a Bélgica colocou para ele. Penso que ele vai ter dois jeitos de jogar, que ele vai, talvez, variar de acordo com os adversários”, destacou Thiago Arantes.

CONVOCADOS

No dia 7 de novembro, Tite vai divulgar os nomes escolhidos para convocação ao Mundial. Com isso, o treinador vai desvendar algumas dúvidas sobre os jogadores que viajarão ao Catar, como as peças ofensivas para a seleção brasileira. Alguns atletas são figurinhas carimbadas, mas outros ainda vivem a expectativa de serem convocados. São os casos de Pedro (Flamengo), Rodrygo (Real Madrid) e Roberto Firmino (Liverpool).

Fatores que podem pesar na escolha do técnico são a fase vivida nesta temporada e a capacidade de ser polivalente e ser útil em mais de uma função. São os casos, por exemplo, de Rodrygo, que tem jogado como ponta pela direita e como centroavante no Real Madrid de Carlo Ancelotti, e de Roberto Firmino, que começou bem a temporada no Liverpool e pode contribuir com assistências e gols por ter talento para jogar um pouco mais recuado.

Sobre a fase dos jogadores, o atacante Pedro, do Flamengo, ganhou muito espaço na seleção brasileira pelo momento que vive em seu clube e teria vantagem, por exemplo, sobre Matheus Cunha, do Atlético de Madrid.

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