Esporte

Após críticas em jogo do Atlético-GO, governo de Goiás explica condições do gramado do Serra Dourada

Wesley Costa
Tentativa de conter pedaço estufado do gramado do Serra Dourada em jogo Atlético-GO x Flamengo

No último domingo (14), as condições do gramado do Estádio Serra Dourada geraram críticas tanto da imprensa que fez a cobertura do jogo em que o Atlético-GO foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 1 quanto da própria diretoria atleticana, que transferiu a partida do Estádio Antônio Accioly de olho na bilheteria e num grande público. Nesta segunda-feira (15), em nota, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) se posicionou e afirmou que as mudanças realizadas no gramado foram de iniciativa da diretoria do Dragão, após o clube encaminhar solicitação para a mudança do local da partida, do Bairro de Campinas para o Serra Dourada.

Desde a tarde de domingo (14), as partes não mais se entenderam e houve o distanciamento. Presidente do Atlético-GO, Adson Batista avisou que o clube voltará a jogar no Serra Dourada só quando houver uma “mudança profunda”.

As imagens dos problemas no gramado correram o País. A Seel explicou que as intervenções no gramado foram inciativas do Dragão e que a grama apresentava boas condições.

“Em reunião entre a diretoria rubro-negra e a Seel, o clube informou que, como mandante, faria intervenções no campo de jogo, ainda que este já estivesse em plenas condições”, cita a nota. A secretaria acrescenta que “apesar do curto espaço para a realização da partida, o Atlético Clube Goianiense assumiu o compromisso de manter a qualidade do gramado”.

A diretoria atleticana não quis comentar a nota da Seel, em que rebateu as críticas. O jogo com o São Paulo, próxima partida em casa do Atlético-GO, será no Antônio Accioly que, futuramente, passará por obras de ampliação, para que se transforme numa arena para 21 mil a 22 mil pessoas.

Durante o jogo entre Atlético-GO e Flamengo, eram perceptíveis o excesso de areia colocada no gramado e as partes em que houve o plantio de grama. A argumentação da Seel é que as intervenções precisavam de um tempo maior para que o gramado ficasse em perfeitas condições.

Os funcionários do Atlético-GO fizeram o plantio de grama onde entendia que estava danificada, assim como trabalhou para a contenção de pragas em alguns pontos. O sistema de drenagem teve incidentes, como o de uma tubulação que teria estourado durante o intervalo, quando o sistema foi acionado. Parte do gramado ficou estufada e as imagens viralizaram.

Quando o Accioly entrar em reforma, o Atlético-GO precisará lidar novamente com os espaços público, pois a tendência é que tenha de mandar jogos no Estádio Olímpico, tal qual em temporadas passadas, como na conquista da Série B de 2016, na Série A de 2017 e em parte da temporada de 2020, quando usou a praça esportiva para jogos da Série A.

Sem o jogo do São Paulo no Serra Dourada, a Seel disse que iniciou a recuperação do gramado e que se encontra no processo de reforma do sistema de iluminação, que deve ser concluído em outubro. Como o sistema não atende aos padrões exigidos para jogos da Série A e de partidas internacionais, o Serra Dourada deixou de sediar a maioria de jogos do Goiás e do Atlético-GO, na elite nacional.

Quando os clubes precisaram jogar pela Copa Sul-Americana, voltaram ao Serra Dourada, mas foram multados pela Conmebol pelo não atendimento às exigências de iluminação.

Recentemente, o Governo de Goiás abriu consulta pública sobre a concessão do Serra Dourada. O prazo para enviar sugestões, opinião, críticas ou pedido de esclarecimento será até o dia 13 de maio. Um pouco antes, no dia 6 de maio, haverá audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Depois, o Governo de Goiás vai preparar a assinatura de contrato com a Progen S.A para as obras no Serra Dourada – o termo deve ser assinado até o final do ano, com início de obras previsto parra o início de 2025.

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