Esporte

Atlético-GO x Grêmio: Dragão quer mostrar melhor face no Brasileiro

Paulo Marcos / Atlético - GO
Chico, meia-atacante do Atlético-GO, ganha espaço na ausência de Jorginho

O que esperar do Atlético-GO na noite deste domingo (6), às 19 horas, quando receberá o Grêmio-RS no Estádio Olímpico? O Dragão será o time impetuoso da goleada sobre o Flamengo (3 a 0) ou determinado do último jogo, em que obteve empate (1 a 1) com o Fluminense? Ou terá comportamento semelhante ao das partidas nas quais foi derrotado por Inter-RS (3 a 0), Goiás (2 a 0), Ceará (2 a 0) e até o modesto São José-RS (1 a 0), em jogo pela Copa do Brasil? As indagações rodeiam a equipe atleticana, que ainda vive dias de turbulência interna e de desconfiança pela oscilação mostrada na Série A, em que passou de sensação na rodada inicial à decepção até penúltimo jogo. Na penúltima colocação, a equipe rubro-negra pode melhorar consideravelmente na tabela. O lado simples é que precisa de uma vitória em casa pra sair de 5 pontos e chegar a 8. A parte complicada é que necessita conquistá-la sobre o Grêmio, apontado como uma das forças da elite nacional, mesmo que venha de dois reveses em casa, onde perdeu duas vezes pelo mesmo placar - 2 a 1, do Caxias (final do Gauchão) e Sport (Série A). O Tricolor tem 7 pontos e está na parte baixa da tabela.

Essas derrotas provocaram reações mais duras dentro da diretoria do clube, que anuncia rescisão de contrato do meia Thiago Neves. Também gera as cobranças, tanta as internas quanto as dos torcedores por causa da queda de rendimento. Isso uma semana depoi da da conquista do título do Campeonato Gaúcho - foi tricampeão no domingo (30). O momento não é bom, mas como se trata do Grêmio, o Atlético trata o time gaúcho como adversário de respeito no cenário nacional. "Acho que esse jogo passou a ter importância muito grande. É lógico que quando você enfrenta uma equipe do tamanho do Grêmio e se você obtém uma vitória, você dá um salto, você ganha moral. Mas especificamente, no momento do Atlético, somaríamos pontos importantes diante de um rival no momento, que outras equipes terão dificuldades para ganhar. Vejo como rodada extremamente importante para nós", definiu o técnico do Atlético, Vagner Mancini.

Se há desconfiança sobre o Grêmio, o Dragão se vê em meio à uma verdadeira central de especulações sobre a saída de jogadores. Volante e uma das lideranças do elenco, Moacir acertou transferência para o CRB-AL. oUtra informação é que o Santos está acertando, junto ao Cruzeiro, a contratação do atacante Renato Kayzer, de 24 anos e justamente o jogador de melhor rendimento diante do Fluminense, com um gol e boas jogadas no jogo em que retornou após um mês de ausência. O Santos ou Cruzeiro, se o negócio for confirmado, terá de ressarcir o Atlético com o chamado "valor de vitrine", cláusula colocada no contrato quando o atacante retornou ao Dragão, no início do ano - ele fez oito gols em 11 jogos. Caso perca Renato Kayzer, o Atlética ficará numa posição difícil em termos de elenco. Outro problema no clube atende pelo nome de "caso do Jorginho", como foi denominado por Vagner Mancini.        

"Lógico que, nessa semana, o caso do Jorginho não é uma coisa que acontece com frequência, mas o interesse de outros clubes. sim. Assim como o Atlético está de olho no mercado, essas equipes que têm poder aquisitivo maior se interessam pelos nossos jogadores. Por isso, há confiança muito grande que não desfalquem nossa equipe, porque o Adson (Batista, presidente) sabe muito bem fazer os contratos. Porque senão, aqui teríamos uma série de problemas em sequência", disse Mancini.

Fato é que, entre as especulações e o conflito entre Jorginho e o treinador, a situação tem sido difícil de ser contornada. Na sexta (4), Vagner Mancini avisou que Jorginho não treinará com ele enquanto não se retratar. “A partir do momento em que o atleta (Jorginho) se recusou a entrar no ônibus pra viajar, comigo não treina mais. Eu já repassei ao Adson (Batista). Quando ele se explicar, poderá voltar a treinar. Não foi só com o Mancini. Ele desrespeitou todos os colegas e funcionários", avisou o treinador, garantindo não ter nenhuma divergência com o jogador, cuja multa rescisória para deixar o clube é de R$ 20 milhões. O fato é o problema entre os dois não foi resolvido até a noite de sexta-feira.      

"O caso do Jorginho extrapolou a parte desportiva, entrou na parte da administrativa, virou um problema pra diretoria resolver. Da minha parte, tenho pouco a dizer, o atleta não conversou comigo, passou por mim e não disse nada. Não sei o que ele está pensando. Conversei com os atletas, a minha maneira de trabalhar é olho no olho, falando a verdade, e não tem como fazer diferente. Estamos em um grupo de 28 a 29 atletas, homens responsáveis. Quando acontece um desgaste, converso e digo a verdade", frisou o técnico.

Em relação ao Atlético para enfrentar o Grêmio, a base do jogo com o Fluminense será mantida. O meia atacante Chico foi elogiado pelo técnico. O volante Matheus Frizzo, vinculado ao Grêmio, não pode atuar. A novidade deve ser o retorno do volante Marlon Freitas, após cumprir suspensão. Mancini espera que, após mudanças, a equipe dê uma resposta em campo, mostrando ser corajosa e capaz de vencer um adversário forte do futebol brasileiro.        

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