O Atlético-GO disputa partida decisiva neste sábado (18), em Mirassol (SP), diante do time local. O jogo é válido pela penúltima rodada da Série B, o Dragão está em 4º lugar (61 pontos) e tem chances de garantir fora de casa o acesso à elite nacional. O clube depende da vitória dele e de uma combinação de resultados para comemorar, longe de Goiânia, o retorno à Série A 2024.Na era da Série B dos pontos corridos, o Atlético-GO garantiu acessos em Caxias do Sul (RS), em 2009, e em Londrina (PR), em 2016, ambos no sul do País, e em Goiânia (2019). Agora, o cenário coloca a possibilidade para o interior paulista, num local, o Estádio José Maria de Campos Maia, onde a equipe rubro-negra jogará pela primeira vez. Para subir sábado (18), além de vencer, o Dragão precisa de derrota do Sport (para o campeão, Vitória, em Salvador) e que o Vila Nova não vença o Ceará em Goiânia.O Dragão vivenciou dois acessos como visitante. Em 2016, não pôde contar com a presença de um grande número de torcedores, por causa da distância e das datas dos jogos. Em Londrina (a 910 km de Goiânia), onde o time atleticano venceu por 3 a 2, a partida foi disputada numa noite de terça-feira (8 de novembro). A festa ficou reservada para o jogo do título (sábado, 12), com o Estádio Olímpico lotado e vitória (5 a 3) sobre o Tupi-MG.No primeiro acesso (2009), o Dragão jogou em Caxias do Sul, a 1.740 km de Goiânia, no dia 21 de novembro (sábado). Alguns atleticanos encararam a distância e a diretoria do clube conseguiu fazer uma aliança importante assim que chegou à cidade gaúcha: a adesão de parte torcida do Caxias, rival do Juventude, que marcou presença no Estádio Alfredo Jaconi. A equipe atleticana venceu por 3 a 1, garantiu vaga na Série A e ainda rebaixou o Juventude.No interior paulista, o clube espera contar com o apoio de bom número de torcedores. Nesta quinta-feira (16), o clube informou que mais de 400 ingressos haviam sido adquiridos antecipadamente da carga de 2,5 mil destinados ao setor de visitantes, no Estádio José Maria de Campos Maia. A expectativa é de que pelo menos 600 atleticanos estejam em Mirassol.LogísticaO clube preparou uma logística de viagem com antecedência. A delegação viajou na manhã desta quinta-feira (16) para São José do Rio Preto (SP), onde houve treino à tarde e há outra atividade agendada para a manhã desta sexta-feira (17) com portões fechados - para que os atletas não se desgastem e possam fechar a preparação com tranquilidade. A concentração também será na mesma cidade até sábado (18). A distância para Mirassol-SP, local do jogo decisivo, é de cerca de 20 km.O técnico Jair Ventura revelou que o time está preparado para caso chova durante o jogo – o site Climatempo prevê possibilidades de pancadas de chuva à tarde e à noite em Mirassol. Se a previsão se confirmar, o time terá de se adequar à nova condição, apesar de que o calor deva continuar na tarde sábado (18).“Sofremos contra o Novorizontino (2 a 2, em Goiânia). No primeiro tempo, praticamente não teve jogo. Não quero dizer que isso prejudicou só o nosso time. Prejudicou os dois. Pela característica da nossa equipe, que gosta de ter a bola no chão, é lógico que prejudica quem gosta de jogar assim”, explicou o técnico Jair Ventura.“Se o campo estiver pedindo primeira bola, segunda bola ou bola longa, vamos ter de nos adaptar à essa maneira. Temos jogadores para isso, também”, acrescentou o treinador, que vai mudar o ataque, com Kelvin no lugar de Airton e Matheus Peixoto na vaga de Gustavo Coutinho, suspenso. Jogadores de força, como os zagueiros Luiz Henrique e Alix Vinícius e o volante Gabriel Baralhas serão fundamentais nesta circunstância.