Conquistar uma medalha olímpica é um sonho para todos os atletas profissionais, mas poucos conseguem alcança-la.No último dia 13, porém, o polonês Piotr Malachowsk conquistou a sua, de prata, na disputa de arremesso de disco nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e não se preocupou em abrir mão do prêmio para ajudar uma criança que sofre com um tipo de tumor grave em um dos olhos.Tudo começou quando a mãe de Olek procurou pelo atleta após a premiação. Ela explicou que o tratamento era caro e deveria ser feito em Nova York, mas que nem ela e nem a família do menino têm dinheiro suficiente para isso.Sensibilizado com a história, o atleta polonês se dispôs a ajudar no caso, abrindo sua medalha para leilão, que acontece até o dia 26 de agosto e, o lance mais alto, chega a pouco mais de R$60 mil.Em sua conta no Facebook, Malachowsk pediu aos fãs, amigos e conhecidos que ajudem o menino da forma que puderem.“Todo o valor arrecadado no leilão será gasto com o tratamento de Olek. Eu também quero incentivar todas as pessoas de boa vontade a pagar ou depositar dinheiro na conta, enviar mensagens de texto e ajuda de qualquer maneira possível. Vamos ajudar os pais e a família de Olek. No Rio, eu lutei para ter o ouro. Hoje, faço um apelo a todos para algo que é ainda mais valioso. A saúde deste menino fantástico. É por isso que eu convido todos vocês para o leilão. Se você ajudar, minha prata pode ser mais valiosa do que o ouro para Olek”, escreveu Piotr Malachowsk.<iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="722" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fpiotr.malachowski%2Fposts%2F10202533510976104&amp;width=500" style="border:none;overflow:hidden" width="500"></iframe>

Atleta olímpico leiloa medalha para ajudar criança com câncer

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O leilão que vai definir a empresa vencedora do processo de concessão do estádio Serra Dourada e seu distrito esportivo foi remarcado para o dia 4 de fevereiro de 2025. O evento na Bolsa de Valores, em São Paulo, estava previsto para o dia 4 de dezembro deste ano, mas foi adiado após pedido de duas empresas que desejam participar do processo.

Uma das empresas é o Grupo Metha, que administra Arena das Dunas, Arena Fonte Nova e Arena do Grêmio. A outra é um fundo de investimento que tem participação na administração do estádio Mineirão com a Minas Arena, mas ainda não teve nome divulgado.

O pedido de adiamento foi por causa da data para envio da documentação das empresas para participarem do leilão. Segundo o edital, os interessados tinham até o dia 24 deste mês. O novo prazo é o dia 28 de janeiro de 2025 e será confirmado no edital atualizado, que será divulgado na&nbsp; próxima sexta-feira (29).

Na semana passada, os responsáveis pela Minas Arena e o Grupo Metha estiveram presentes em um evento na Bolsa de Valores (B3), que teve o vice-governador Daniel Vilela como representante do Estado, e demonstraram interesse em participar do processo. O pedido para remarcação foi feito e aceito após análise do grupo de trabalho que tem atuado na concessão.

Um fator que chamou atenção das empresas e confirmou o interesse para participação no leilão teria sido a isenção do IPTU, que o Serra Dourada seguirá tendo mesmo com a concessão para a iniciativa privada. Isso só foi possível por causa de mudança na legislação.

Sem mudança na lei, após o repasse à iniciativa privada, a empresa passaria a ter esse custo, o que não vai ocorrer. Esse assunto tem sido defendido pelo vice-governador Daniel Vilela, que entende que o tema servirá como vitrine para atrair investidores para o leilão. Só que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) estuda entrar com medida judicial contra a isenção porque diz que o impacto financeiro-orçamentário não foi levado em conta.

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou o projeto da Prefeitura de Goiânia para adequar a Lei Complementar nº 344, de 30 de setembro de 2021, e manter a isenção do IPTU no dia 12 de novembro. Na mesma data, o prefeito Rogério Cruz sancionou a alteração no Diário Oficial do Município. O MP-GO avaliou que as votações ocorreram sem discussão e que tudo foi rápido demais.

As duas empresas interessadas devem se juntar ao Consórcio Novo Serra Dourada, à RNGD, que administra o Mané Garrincha, e à Progen, que integra a Concessionária Allegra, que administra o Pacaembu, como candidatas para administrar o Serra Dourada por 35 anos a partir da assinatura do contrato de concessão, que deve ocorrer em 2025.

Com o adiamento do leilão, a tendência é que a assinatura do contrato também sofra alteração. A expectativa do Governo de Goiás era que isso ocorresse até fevereiro de 2025, o que também pode ser adiado em um ou dois meses.&nbsp;

Ainda haverá o período de transição (da Seel para a empresa vencedora do leilão) de seis meses antes do início das obras de reforma do complexo. Com isso, o calendário do futebol goiano não terá impacto. Se os finalistas do Goianão de 2025 forem times da capital, os jogos vão ser disputados no Serra Dourada, conforme foi aprovado no conselho técnico do Estadual. O Vila Nova também demonstrou desejo de jogar no estádio durante a fase de classificação.

A estimativa é que reforma, modernização e transformação do estádio em uma arena multiuso seja uma remodelação concluída até 2028.

O restante do processo não mudou. As empresas vão participar do leilão, com a definição da vencedora pela maior oferta. O valor mínimo é de R$ 10 milhões, que será pago ao Estado.

O contrato terá duração de 35 anos e o valor para reforma, administração, gestão, operação e modernização do complexo ao longo do período deve ultrapassar R$ 1 bilhão ao longo deste período.

Leilão do Serra Dourada é remarcado para fevereiro de 2025

Mudança

Esgotado física e mentalmente, Isaquias Queiroz decidiu descansar em 2023, recolhendo-se em sua Bahia, ficando mais perto da família e competindo muito pouco. Teria sido a decisão certa, diz ele, mesmo que isso tivesse lhe custado a classificação aos Jogos Olímpicos de Paris - e quase custou. Hoje, tem mais uma medalha para mostrar.O brasileiro de 30 anos conquistou na tarde francesa de sexta-feira (9), manhã no Brasil, a prata na prova C1 1.000 m da canoagem de velocidade. Foi o quinto pódio de seu extenso currículo olímpico, que começou a ser construído nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, com duas pratas (C1 1.000 m e C2 1.000 m) e um bronze (C2 200 m). Em 2021, em Tóquio, ganhou um ouro (C1 1.000 m).De volta à disputa que é sua especialidade, completou a decisão no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne em 3min44s33. Ficou atrás apenas do tcheco Martin Fuksa, que dominou a decisão e estabeleceu a melhor marca da história olímpica da distância, com 3min43s16. Completou o pódio Serghei Tranovschi, com 3min44s68.Foi uma incrível prova do atleta de Ubaitaba, que estava na quinta posição na parcial dos 750 metros. Conhecido pelo ritmo forte que imprime na reta final, foi atropelando os concorrentes até assumir a segunda colocação e vibrou muito com o público, cheio de brasileiros na arena montada nos arredores de Paris.O resultado provou a Isaquias que não havia outro a caminho no ano passado a não ser o descanso. Segundo o baiano, seu trunfo na França foi a temporada quase sabática que teve, com resultados abaixo de seu padrão. "Muita gente não entendeu. Muita gente pensou: 'Ah, está velho'. Mas eu não menti", disse.No Mundial, Queiroz ficou em sexto em sua modalidade principal, a individual de um quilômetro, e só conseguiu seu lugar nos Jogos por um remanejamento de vagas da República Tcheca. Classificado, terminou de recarregar as baterias e, enfim, retomou os treinamentos que o levariam a mais um pódio olímpico."Eu já estava fazia nove, dez anos, no topo, sempre brigando por medalha. É difícil. Então, eu falei: 'Agora, eu quero estar com a minha família e quero estar onde eu mais amo, que é a Bahia'. Mas neste ano decidi voltar para Lagoa Santa [cidade mineira onde treina] e trabalhar bastante", acrescentou.Animado por um triunfo na etapa de Szeged da Copa do Mundo, realizada em maio, Isaquias foi a Paris cheio de confiança, porém não teve o início esperado. Com Jacky Godmann, ficou na oitava colocação na final em dupla de meio quilômetro (C2 500 m), na quinta (8) e chamou o resultado de "horrível".No dia seguinte, remou para a prata.Queiroz, assim, igualou-se a Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, que até a semana passada eram os brasileiros com mais medalhas olímpicas no currículo. A liderança agora é da ginasta Rebeca Andrade, que subiu ao pódio quatro vezes em Paris, chegou à marca de seis e se consolidou como a maior atleta olímpica do Brasil na história.Isaquias, com cinco, também pode dizer que está entre os grandes. E sua trajetória que não pode ser contada sem seja o citado o nome do técnico espanhol Jesús Morlán, que chegou ao Brasil em 2013, guiou os três primeiros pódios da canoagem de velocidade do país e morreu em 2018, em decorrência de um câncer.O baiano sempre valorizou a influência de Morlán e também é grato a Lauro de Souza, o Pinda, seu atual treinador, com quem tem longa história. Foi Pinda que o buscou em 2007, em uma rodoviária, para levá-lo a seu primeiro Campeonato Brasileiro, em Cascavel. De lá para cá, além dos cinco pódios olímpicos, o atleta recebeu 13 medalhas em campeonatos mundiais."Esta medalha aqui em Paris precisa ser muito valorizada, por tudo o que a gente passou neste ciclo", disse Pinda. "Ele sentiu um pouco, e a gente precisou dar um passo para trás. Não fizemos um Mundial como gostaríamos, mas conseguimos dar a volta por cima pela grandeza que o Isaquias tem. É um atleta que, até hoje, não falhou em nenhuma Olimpíada."CONFIRA O RESULTADO DA FINAL DA PROVA C1 1.000 M 1 - Martin Fuksia (TCH) - 3min43s16 2 - Isaquias Queiroz (BRA) - 3min44s33 3 - Serghei Tarnovschi (MOL) - 3min44s68 4 - Zakhar Petrov (COI) - 3min45s28 5 - Carlo Tacchini (ITA) - 3min48s97 6 - Wiktor Glazynow (POL) - 3min49s05 7 - Balazs Adolf (HUN) - 3min49s83 8 - Sebastian Brendel (ALE) - 3min51s44(Marcos Guedes, Folhapress)