Esporte

Busca por treinador: por que o Atlético-GO cogita contratar técnico estrangeiro

Ingryd Oliveira / ACG
Adson Batista, presidente do Atlético-GO, é quem negocia a contratação de um novo treinador

Procura-se técnico. O anúncio pode ser aplicado ao Atlético-GO, que busca no mercado, nacional ou internacional, nome para o lugar de Jair Ventura, demitido há uma semana. O time tem sido comandado pelo auxiliar Anderson Gomes até que o presidente do clube, Adson Batista, acerte a contratação do treinador para a sequência na temporada. O dirigente procura acelerar o processo, mas diz que vê poucas opções no mercado e admite trazer um estrangeiro.

“Nas próximas horas, é impossível (anunciar o técnico). Mas estou buscando alternativas”, aviou o dirigente atleticano. Nomes foram oferecidos, mas as negociações se concentram em poucos nomes, dois ou três, de acordo com Adson Batista.

O dirigente pretendia trabalhar a situação com um pouco mais de tempo e calma, mas viu a necessidade de acelerar a procura de um treinador, pois a equipe “precisa de um comando”, nas palavras dele. No empate (1 a 1) com o Grêmio, Adson Batista viu o time cometer erros quando tinha a vantagem no placar, como no gol de empate do adversário, em que não havia marcação sobre o lateral Reinaldo numa jogada de escanteio.

A novidade no processo de procura e escolha pelo próximo treinador é que há as opções de profissionais de outros países. No clube, Adson Batista nunca investiu em nomes de fora do país, mas aceitou que dois auxiliares portugueses trabalhassem no CT do Dragão: José Quadros (auxiliar de Cristóvão Borges) e Pedro Correia (auxiliar de Alberto Valentim). Porém, o dirigente, que sempre negou que o faria, admite ter um estrangeiro no comando do elenco, “com outra filosofia”, mas também analisa a situação com cautela. Um técnico estrangeiro, com bom conhecimento de mercado, poderia auxiliar na indicação de nomes para reforçar o time.

O dirigente também analisa que as opções internas não são as melhores. Entre os nomes que estão sem emprego, no momento, aparecem Vagner Mancini (trabalhou no clube em 2020 e é elogiado) e Enderson Moreira (com experiência nas séries A e B). Mancini deixou o Ceará no começo da semana, enquanto Enderson foi demitido do Sporting Cristal (Peru) no final de maio.

Adson Batista não cita nomes, mas trabalha para acertar na escolha, pois diz que “na janela (de transferências de jogadores) temos de estar vivos”. O dirigente fala em termos de disputa pela permanência na Série A.

O mesmo, mas na Série B, ocorreu em julho do ano passado, quando Adson Batista fez a aposta em Jair Ventura na virada do returno da Segundona, acrescida da contratação de dez jogadores para a campanha do acesso. A janela de transferências será aberta no dia 10 de julho. O novo treinador chegaria para ajustar o time e preparar os próximos reforços, que serão “de três a quatro peças”, segundo Adson Batista.

O clube contratou novamente o meia Jorginho, está finalizando a contratação do atacante venezuelano Jan Hurtado e ainda conta com a recuperação do volante Gustavo Campanharo, que já começa a treinar com bola após artroscopia no joelho e é uma das apostas para que o Atlético-GO consiga vencer jogos e melhorar a pontuação. A sequência deste momento do time é difícil, com dois jogos seguidos fora de casa – contra Atlético-MG (no próximo domingo, 30) e Red Bull Bragantino (quarta-feira, 3 de julho). Depois, recebe o Athletico-PR e volta a sair para enfrentar o Palmeiras, em São Paulo.

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