Esporte

Goiás x Internacional: Reencontro em meio crise esmeraldina

Douglas Schinatto
Sandro, volante do Goiás, ainda vive temporada de altos e baixos no clube esmeraldino
Edu Andrade / Folhapress
Sandro foi revelado pelo Internacional e jogou no clube até 2010

Adversário de domingo (13), o Internacional é muito bem conhecido por um esmeraldino que reencontrará o clube colorado pela primeira vez desde 2010. Revelado pela equipe gaúcha, onde conquistou títulos como a Libertadores e Sul-Americana, o volante Sandro construiu carreira na Europa e depois de dez anos retornou para o Brasil para vestir a camisa do Goiás. Na Serrinha, às 18 horas, o jogador de 31 anos enfrentará a agremiação que o revelou para o futebol.

“Acabou que nem cheguei a pensar (no reencontro), sabia que era contra o Inter e vai ser um grande jogo. Com certeza será importante pelo que vivi lá dentro, mas hoje o mais importante é que possamos mudar a situação que o Goiás vive. Vai ser um jogo de suma importância para nós”, comentou o volante, que deve ser titular após ter sido poupado no empate com o Coritiba, por ter apresentado desconforto muscular.

O atual momento não é como Sandro gostaria para reencontrar o Internacional. Lanterna da Série A, o Goiás vive crise interna com divergências na diretoria, alguns atletas estão com direitos de imagens atrasados, o treinador Thiago Larghi está na corda bamba e mal resultado neste domingo pode resultar em sua demissão, além da bronca da torcida pelo futebol apresentado pela equipe, que em sete jogos somou cinco pontos e não vence há três jogos.

“Temos que colocar na nossa cabeça que o jogo contra o Inter é o que vamos ter para virar a chave. Vai ser um jogo difícil? Sim, será, mas independente de ser o líder, temos que jogar nossa vida. Fazer o melhor jogo das nossas vidas. O campeonato não perdoa, temos que somar pontos. Cada ponto é importante e devagar vamos sair dessa situação, mas temos que vencer”, frisou o jogador esmeraldino, que vê o Internacional como um dos principais times do País neste momento da temporada.

“O time do Inter se destaca pela regularidade, sempre mantendo padrão de jogo, vence, impõe o ritmo. A gente vai encontrar essa equipe e temos que ficar de olho em todo mundo. Não só no Thiago (Galhardo) que vive grande fase. Nossa fase não está boa, todos estão lutando com todas as forças para sair dessa situação”, salientou Sandro, que se diz grato ao Internacional por ter tido portas abertas no mundo do futebol após a conquista da Libertadores - ele se transferiu para o Tottenham após conquista continental, na Inglaterra ainda jogou no Queens Park Rangers e West Bromwich, passou pelo Antalyaspor, da Turquia, além do Benevento, Genoa e Udinese, na Itália.

“Quando conquistei a Libertadores sabia que o patamar da minha carreira passaria a ser outro. Essa conquista grava o nome do jogador na história do futebol Sul-Americano. É muito difícil para se ganhar, tenho muito orgulho desse título”, comentou Sandro.

Por causa da falta de resultados e a ausência de regularidade na evolução do time, o treinador Thiago Larghi passou a correr risco de ser demitido. Para o volante do Goiás, uma nova mudança de comissão técnica não será benéfica para a equipe esmeraldina.

“Sou contra, como era contra na do Ney (Franco), pelo momento que foi, do jeito que foi. É o momento de nos unirmos”, disse. “Com a chegada do Thiago começamos a produzir um futebol melhor, com mais posse, só que não conquistamos pontos. Temos que aprender com o Thiago, tudo muito novo, não temos tempo para treinar. Recupera e joga, muitas dá correções são nos vídeos. Thiago vai sair? Aí vai chegar outro e perder esse tempo, temos que ser maduro e agir com tranquilidade”, opinou Sandro, que deseja celebrar vitória do Goiás no final da rodada e que o clube possa vencer a primeira “batalha” na luta para mudar o rumo dentro do Brasileirão.

“Temos de fazer o jogo contra o Internacional o começo de uma guerra que precisamos vencer. Não podemos nos intimidar por ser o líder, o futebol é assim. Podemos sofrer, mas temos que entrar em campo e fazer alguma coisa. Dentro de campo dar moral um para o outro, levantar, correr e fazer o resultado”, afirmou o jogador do Goiás.

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