Esporte

Goiânia x Goiás: disputa nobre das quartas de final do Goianão

Fábio Lima / O Popular
Estádio Serra Dourada voltará a receber um jogo do Goiânia após quatro anos e uma partida do Goiás após pouco mais de três anos

Goiânia e Goiás disputam neste sábado (25), às 16 horas, o primeiro clássico da fase quartas de final do Campeonato Goiano, em partida que marca o retorno dos clubes ao Estádio Serra Dourada após quatro anos, para o Galo, e pouco mais de três, para o alviverde. O clássico Go-Go coloca frente a frente os dois clubes que por mais tempo levaram a fama de serem os maiores campeões do futebol goiano em toda a história.

(Veja onde assistir, informações de ingressos, escala de arbitragem e prováveis times no final deste texto)

Nas últimos quatro anos, dois eles bastante afetados pela pandemia da Covid-19, Goiânia e Goiás adotaram outras praças para mandarem seus jogos. O Galo alvinegro teve como principal palco de suas partidas o Estádio Olímpico, onde tradicionalmente conquistou suas maiores glórias. O time alvinegro nunca foi campeão goiano desde que o Serra Dourada foi inaugurado. 

O Goiás, por sua vez, apostou na ampliação do Estádio Hailé Pinheiro e deixou de lado o gigante estádio em que mais vezes levantou taças em toda sua história e ficou marcado por disputas esmeraldinas nobres, como Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores, Copa do Brasil e Sul-Americana.

Com o charme do retorno ao Serra Dourada, o Go-Go tem um peso. O duelo coloca em campo os dois clubes que por mais tempo usufruíram da hegemonia dentro do Goiano.

O lado alvinegro foi a grande força do futebol goiano em seus primeiros passos. Na era amadora da competição estadual, ninguém ganhou tantas edições quanto o Galo. Após um início de equilíbrio de forças com o Atlético-GO, primeiro campeão goiano em 1944, o Goiânia conseguiu abrir vantagem em número de canecos contra os demais concorrente no início da conquista do pentacampeonato entre 1950 e 1954.

Com o título conquistado em 1950, o Goiânia passou a liderar a lista de maiores campeões do Campeonato Goiano com quatro títulos ante as três taças obtidas pelo Dragão.

Depois disso, o Goiânia manteve o status de maior campeão goiano até 1997. A vantagem inicial era tamanha que, mesmo conquistando seu último troféu em 1974, o Galo permaneceu por mais de 20 anos como o maior vencedor do estadual.

Essa primazia só mudou de mãos em 1997, quando o Goiás conquistou o seu 15º título estadual. Assim como o Galo, mais de quatro décadas atrás, o Goiás atingiu a hegemonia dentro do processo de conquista do seu pentacampeonato.

Em 1996, o time esmeraldino se igualou ao Galo como maior vencedor e, no ano seguinte, abriu vantagem sobre o rival e não parou mais de ampliar sua sala de troféus.

Desde que empatou em número de títulos com o Goiânia, o Goiás conseguiu dobrar o número de conquistas e hoje possui 28 taças de campeão goiano. Ao todo, o Goiás já lidera o ranking de campeões do Goianão há 27 anos e tem, ao menos, mais 11 temporadas com a ponta desta lista. O clube que busca igualar neste momento é o Atlético-GO, que tem 16 conquistas e se tornou o segundo maior vencedor isolado, ultrapassando o Vila Nova, em 2022.

Com esse rico cenário histórico, Goiânia e Goiás chegam para as quartas de final como forças distantes. O Goiás liderou a fase de classificação com 26 pontos, enquanto o Goiânia passou apertado na 8ª posição com apenas 14 somados.

A diferença técnica ficou visível no primeiro tempo da partida disputada entre os dois times na Serrinha, na 1ª fase, mas a boa atuação do Galo na etapa complementar e na vitória sobre o Atlético-GO mantém os sonhos alvinegros vivos.

O Goiânia entrou na competição com dois objetivos claros: se manter na elite do futebol estadual e conquistar uma vaga na Série D do Brasileiro. Com o primeiro objetivo cumprido, está perto de atingir a outra meta traçada. O time alvinegro disputa com Crac, Anápolis e Iporá uma vaga na competição nacional.

A matemática do Goiânia é simples e exige apenas que o time goianiense some um ponto a mais que o Iporá nas quartas de final, mas também tem chances de ultrapassar Anápolis e Crac na classificação geral com a somatória das fases. 

Atacante volta ao Galo

Para a partida deste sábado (25) no Serra Dourada, o técnico Alex Godoi conta com o retorno do atacante Wallace, que cumpriu suspensão automática diante do Iporá, no fechamento da 1ª fase. O jogador de 28 anos é o artilheiro do Galo no Goianão com três gols marcados. O atacante tem passagem pelas categorias de base do Flamengo e disputou algumas temporadas com a camisa do Itumbiara. Por outro lado, o zagueiro Eduardo recebeu o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão automática.

Do lado esmeraldino, o técnico Guto Ferreira pôde dar um refresco à base titular que jogou a 1ª fase do Goianão poupando o time da partida contra o União Rondonópolis-MT no meio da semana, pela Copa Verde. O desfalque é o atacante Gabriel Novaes, que fez dois gols na partida contra o time mato-grossense. O jogador saiu de campo após sofrer uma forte pancada na região do tórax e será poupado da partida porque o local do choque ainda está dolorido. 

Com isso, a posição de centroavante está nas mãos de Nicolas mais uma vez. O jogador é o artilheiro do time no Goianão, com cinco gols marcados, e está a um gol dos líderes da lista de artilheiros – Jonatha (Crac) e Gonzalo (Anápolis) marcaram seis gols, cada, e ainda estão na disputa do Goianão, enquanto João Celeri também tem seis gols, mas foi rebaixado com o Grêmio Anápolis e já se despediu do Estadual.

FICHA TÉCNICA
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Data: 25/2/2023 (sábado).
Horário: 16 horas
Transmissão: DAZN e TV Brasil Central

Árbitro: Osimar Moreira.
Assistentes: Hugo Correa e Paulo César Almeida

Ingressos: R$ 60 (arquibancadas) e R$ 100 (cadeiras).
Promoção: Torcedor com a camisa do Goiânia ou Goiás paga meia-entrada.
 
GOIÂNIA: Johnathan; Jean Kennedy; Rhyann, Marcelo Xavier e Paulinho; Júnior Ramos (Olívio), Nilson, Tabata e Assuério; Isaac e Wallace. Técnico: Alex Godoi.
 
GOIÁS: Tadeu; Apodi, Sidimar (Lucas Halter), Bruno Melo e Sander; Zé Ricardo, Felipe (Willian Oliveira) e Kauan; Diego Gonçalves, Nicolas e Vinícius. Técnico: Guto Ferreira.
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