Esporte

Goianão testa VAR Light para minimizar erros

Wesley Costa / O Popular
VAR Light foi utilizado em Vila Nova x Inhumas, no OBA

Para minimizar erros de arbitragem nos jogos do Campeonato Goiano, a Federação Goiana de Futebol (FGF) anunciou que o Goianão 2023 fará, de forma experimental, o uso do VAR Light na competição estadual. É uma versão simplificada e mais barata em comparação com a versão que é utilizada atualmente no futebol brasileiro.

Durante a apresentação do projeto na terça-feira (7), o presidente da FGF, Ronei Freitas, e o CEO da federação, André Pitta, citaram lances de pênalti não marcado (para o Goiás contra o Anápolis), expulsão (do meia Rodriguinho, da Aparecidense, contra o Atlético-GO) e gol irregular (do atacante Felipe Vizeu, do Atlético-GO, contra a Aparecidense) como exemplos de situações que teriam intervenção do VAR Light em algumas partidas do Goianão 2023.

(Confira, no fim do texto, as diferenças do VAR tradicional para o VAR Light)

O VAR Light será pago pela FGF e terá custo de R$ 10 mil a R$ 12 mil por jogo. As possibilidades de intervenções serão as mesmas do VAR padrão: lances de pênalti (foi ou não); irregularidade em lance de gol (se houve algum tipo de infração, como impedimento, falta, para checar se a bola entrou ou não); identificação equivocada de um jogador; e cartão vermelho.

“Nossa tentativa é ter justiça, transparência e cumprir as regras. Foi explicado para os clubes sobre vantagens, riscos e como vai funcionar. Todos entenderam e vamos fazer os testes. O VAR que nós estamos buscando não vai ser 100% do que o tradicional faz, por isso o nome é Light, mas vai nos atender. Vamos ter dificuldades, os lances vão ter polêmicas, mas vamos tentar diminuir o porcentual de erros. É um passo importante”, comentou André Pitta.

O jogo entre Vila Nova e Inhumas, nesta terça-feira (7), foi o primeiro com o uso do VAR Light. Wilton Pereira Sampaio foi o árbitro de vídeo e Hugo Correa, seu auxiliar (AVAR). Nesta quarta-feira (8), André Luis Castro será o VAR do jogo entre Goiás e Goianésia, auxiliado por Edson Antônio.

“A ferramenta vai ajudar muito nas interpretações de lances duvidosos. É um projeto inovador, sabemos que pouquíssimas federações conseguem manter o VAR. Hoje, só a mineira e a paulista. Estamos assumindo essa situação de implantar o VAR Light no Goiano. Resolvemos confiar no projeto e fazer esse experimento. Serão testes claros e sinceros para os clubes”, comentou o presidente da FGF, Ronei Freitas.

Depois dos jogos, a FGF vai fazer uma reunião com a empresa responsável pelo VAR Light, a 2 Live, para acerto financeiro e início oficial do experimento na sequência do Goianão. “Não vai dar para fazer em todos jogos inicialmente. Vamos escolher os principais jogos e implementar. Nossa ideia é aumentar (a quantidade de partidas) com o decorrer das rodadas e fases”, frisou Ronei Freitas.

“Nós repensamos o que a Fifa coloca no VAR tradicional. A ideia é ter o mínimo de equipamento e de pessoas envolvidas para ter um custo acessível e incluir em um campeonato inteiro, outras divisões, situações que não são possíveis com o VAR completo por questão de custo”, contou o representante da empresa 2Live, que disponibiliza a tecnologia, Daniel Neves.

Decisão

Há a possibilidade de uma decisão do Estadual ter o uso do VAR tradicional. Isso, porém, vai depender de como será a análise da versão Light e se a FGF terá recursos para bancar a tecnologia de padrão mais alto no jogo do título.

“Se funcionar, vamos trabalhar com ele até o momento que der certo. Mas, em uma final de campeonato, com recurso maior, podemos avaliar a implementação do VAR normal”, falou o presidente da FGF, que também confirmou que pode ter árbitros de fora do estado, se necessário.

“Confio plenamente na equipe de arbitragem, mas lógico que, se surgir alguma dificuldade para frente, algum erro que não esperamos que aconteça, podemos trazer (árbitro de fora). Depende do trabalho deles para a gente não fazer isso”, avisou Ronei Freitas.

No Goianão 2023, 61 profissionais entre árbitros e assistentes atuam na competição. Três podem trabalhar em partidas internacionais - o árbitro Wilton Pereira Sampaio e os assistentes Bruno Pires e Fabrício Villarinho - e 25 atuam em competições nacionais.

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