Esporte

Goianos têm arbitragem segura na estreia na Copa do Catar

Alex Grimm/Getty Images
Wilton Pereira Sampaio dá cartão amarelo para De Ligt, da Holanda

A arbitragem goiana viveu um dia histórico nesta segunda-feira (21) com as estreias do árbitro Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos, e do assistente Bruno Pires, de 37 anos, na Copa do Mundo do Catar. Auxiliados pelo paranaense Bruno Boschilia, os dois trabalharam pela primeira vez, no campo, em uma partida do Mundial, na vitória de 2 a 0 da Holanda sobre Senegal, pela 1ª rodada do Grupo B.

Com atuação definida como “excelente” por comentaristas de arbitragem, Wilton Pereira Sampaio não foi o centro das atenções do duelo entre europeus e africanos e foi elogiado, principalmente, por suas concentração e tomada de decisão em diferentes lances da partida.

“Foi uma atuação de alto nível. O Wilton se mostrou muito seguro nas tomadas de decisões e teve uma performance excelente”, elogiou o presidente da comissão de arbitragem da Federação Goiana de Futebol (FGF), Júlio César Motta.

O presidente da comissão revelou que entrou em contato, por meio de uma mensagem de texto, com Wilton Pereira Sampaio e o elogiou pela arbitragem na partida entre Holanda e Senegal. “Fiz questão de mandar meus parabéns para ele por causa da boa atuação. Fiquei orgulhoso como colega, como goiano e membro da arbitragem”, salientou Júlio César Motta.

Wilton Pereira Sampaio passou despercebido na vitória de 2 a 0 da Holanda. O árbitro goiano mostrou concentração desde o apito inicial e foi respeitado pelos jogadores das duas equipes. Ao todo, o profissional mostrou três cartões amarelos no duelo (um para a Holanda e dois para Senegal), controlou bem o jogo e recebeu elogios de comentaristas de arbitragem.

“Foi um jogo muito bem controlado pelo Wilton, ficou sempre em cima dos lances e fez uma arbitragem excelente”, disse o ex-árbitro Sandro Meira Ricci, no Sportv, durante a transmissão da partida.

Para os especialistas, Wilton Pereira Sampaio mostrou poder de concentração e não se distraiu em nenhum momento do jogo, mesmo sendo sua partida de estreia, no campo, na Copa do Mundo. “Nunca é fácil estrear, existe o frio na barriga e a pressão em ter um boa atuação. Mas ele superou tudo isso e fez uma excelente partida”, completou Júlio César Motta.

Dois aspectos foram citados por especialistas para Wilton Pereira Sampaio melhorar nos próximos jogos da Copa. Segundo Sandro Meira Ricci, o goiano pode ficar mais atento nas faltas cometidas por defensores que tentam parar inícios de jogadas de contra-ataque. Já o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon acredita que o árbitro pode minimizar advertências verbais.

“O Wilton tinha, teoricamente, jogo mais complicado, mas foi bem. Ele passou despercebido. Só acho que exagerou um pouco nas advertências verbais nos lances de agarra-agarra dentro da área. O VAR está atento a isso, não precisa ficar parando o lance para falar toda hora. Ele teve uma atuação mais discreta, como tem que ser”, frisou Carlos Eugênio Simon à reportagem.

Raphael Claus

Além de Wilton Pereira Sampaio, Bruno Pires e Bruno Boschilia, a arbitragem brasileira teve as estreias de Raphael Claus, Rodrigo Figueiredo e Danilo Simon. O trio trabalhou na goleada, por 6 a 2, da Inglaterra contra o Irã.

A atuação de Claus, diferente de Wilton Pereira Sampaio, recebeu algumas críticas pela tomada de decisão do profissional em lances em que o VAR fez intervenções na partida.

Os dois lances foram de penalidades, uma marcada para o Irã após revisão do brasileiro e outra para a Inglaterra, em que o árbitro não foi orientado a rever e mandou seguir. Para comentaristas de arbitragem, o lance precisava ser revisado, pois foi um possível pênalti não marcado em campo para o time inglês.

Alex Grimm/Getty Images
Wilton Pereira Sampaio conversa com Nathan Ake, jogador da Holanda, que enfrentou Senegal na 1ª rodada
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