O técnico Jair Ventura disse que o momento do Goiás se tornou difícil com a morte de Hailé Pinheiro. O ex-dirigente morreu nesta quarta-feira (7), em Goiânia, vítima de complicações de um câncer na garganta. Para o treinador, Hailé Pinheiro está vivo no dia a dia do clube esmeraldino."É um momento muito difícil para a gente. O clube vive um momento tão bom (na Série A) e a gente perde o patrono do Goiás. Não tive o privilégio de conhecê-lo, mas a representatividade dele está todos os dias com a gente que trabalha aqui. É um momento delicado para todos nós, a gente sente demais”, declarou Jair Ventura, em entrevista no velório de Hailé Pinheiro na Serrinha.O treinador entende que uma vitória do Goiás contra o Flamengo, no domingo (11), será uma forma de homenagear o ex-dirigente.“Certeza (que a vitória será uma homenagem), é um dos maiores elencos do futebol brasileiro. A equipe vai estar em uma final da Libertadores, dificilmente perde essa vaga (time carioca está na semifinal) e vai ser um jogo diferente para todos nós. Não estive com ele, mas não dá para respirar ele no dia a dia do clube”, completou Jair Ventura.Um dos últimos momentos de Hailé Pinheiro foi depois da vitória de 2 a 1 do Goiás, contra o Santos, na última rodada do Brasileirão. Na ocasião, o dirigente foi informado pela família sobre o resultado, que levou o clube esmeraldino para a metade de cima da classificação do Brasileirão.“O Edminho (Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo) me falou agora que falaram pra ele (Hailé Pinheiro) da nossa vitória contra o Santos. Foi uma alegria que demos a ele neste último momento. É um cara amado, dois a três treinadores me ligaram agora para pedir o contato da família. Que a gente possa honrar cada vez mais o que ele construiu, tem parcela grande na construção do Goiás. Onde estiver, que possa descansar e orgulhoso de tudo que construiu”, finalizou o treinador.Elenco do GoiásA maioria dos jogadores do atual elenco do Goiás foi à Serrinha para se despedir de Hailé Pinheiro."O legado que ele deixou pro futebol goiano e brasileiro é o que importa", contou o volante Fellipe Bastos. "Viemos dar uma abraço na família. Hailé deixou um legado em vida, conseguiu ver a campanha que a gente vem conseguindo fazer no Brasileiro", falou o jogador, que disse que os jogadores receberam a notícia da morte ao fim do treino desta quarta-feira (7) e repetiu o que disse Jair Ventura, de "conseguir no domingo fazer um bom resultado para dar uma afago à família".O goleiro Tadeu disse que a missão de quem está no clube é "continuar crescendo da forma que etem sido". "Momento difícil, tristeza total, a gente perde o maior de todos. Para os famliares, é uma dor que não tem palavra para conforto. Nós, jogadores, sentimos demais essa perda porque quem veste essa camisa, quem chega aqui, já passa a saber um pouquinho do que é o seu Hailé. É uma figura única na história do Goiás."