Se o Goiânia tivesse um bloco de notas onde rascunhou no final do ano passado quais seriam as metas do clube na atual temporada, o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro estaria circulado para ter destaque e a palavra “prioridade” chamaria atenção. O discurso na direção alvinegra e entre jogadores é, desde o início de 2020, de subir de divisão na competição nacional. A estreia será disputada a partir das 15 horas deste sábado (19), na cidade de Águia Branca-ES, contra o Real Noroeste-ES, no Estádio José Olímpio da Rocha.
Para dificultar logo no começo da competição, o Goiânia terá sete ausências no Espírito Santo. O treinador Finazzi e mais três jogadores - atacante Diney, zagueiro Dedé e o volante Lucena - não foram liberados pela CBF para viajar para o Espírito Santo, por já terem tido contato com o vírus. Segundo o clube alvinegro, os profissionais não estão com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) ativo. Diferente de Stuart (atacante), Samuel Glória (volante) e Magal (lateral), que testaram positivo para Covid-19.
O acesso à Série C é considerado como uma das principais conquistas que a atual diretoria, liderada pelo empresário Alexandre Godoi, tem no projeto de reconstrução do Galo. “Todos os jogadores pensam da mesma maneira. O mais importante em relação a diretoria é que eles nos dão todo suporte para que isso (acesso) aconteça. Estamos confiantes e trabalhando muito, mas com pés no chão”, frisou o zagueiro Robson, que volta a defender o Goiânia após ter feito parte da campanha do acesso à 1ª Divisão do Campeonato Goiano em 2018.
A Série D 2020 será a sétima que Robson jogará na carreira, a primeira que não é pela Aparecidense, clube que o jogador defendeu 11 vezes. Se não falta experiência na competição para o defensor, o goleiro Matheus Santillo jogará a segunda edição do campeonato, debutando à frente de uma equipe goiana.
Para os defensores do Goiânia, o acesso é uma conquista que pode mudar a carreira de qualquer jogador. “Levantar um troféu ou conquistar um acesso coloca o jogador em uma galeria de destaque. Valoriza ainda mais o clube, nossa carreira, a comissão técnica. Queremos ficar marcados por isso. Estamos trabalhando forte para conquistar esse objetivo, que será bom para todos”, pontuou o goleiro de 24 anos, que testou positivo para Covid-19 durante a preparação do Galo, mas após período de isolamento voltou às atividades na semana passada. Três jogadores - Stuart Asafe, Samuel Glória e Magal - serão desfalques após terem o vírus confirmado nos exames feitos na quarta-feira (16).
Subir de divisão no Brasileiro significa que o Goiânia terá calendário cheio em 2021, cuja temporada terá o término do Goianão 2020 entre janeiro e fevereiro - o Estadual foi paralisado em março deste ano, devido a pandemia da Covid-19. Mas longe de ver o discurso da direção do Galo como pressão.
“O Goiânia é um clube tradicional e um dos grandes do Estado, precisa retornar ao cenário nacional. Sem dúvida que o nosso principal objetivo é o acesso. Sabemos que o Campeonato da Série D é muito difícil, competitivo, possui logística ruim com viagens longas e até atuamos em gramados diferentes do que estamos acostumados em Goiânia. A gente precisa superar tudo isso para conquistar o principal objetivo, que é o acesso”, afirmou o goleiro Matheus Santillo.
