O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, assumiu o rebaixamento do clube à Série B 2023, mesmo que tenha chances reduzidíssimas de continuar na elite nacional.Após o empate de 1 a 1 diante do Athletico-PR, na noite desta quarta-feira (9), no Estádio Antonio Accioly, o dirigente falou na condição de quem comanda uma agremiação que precisa assimilar o golpe, fazer o balanço do fracasso, juntar forças e se planejar para disputar a Segundona nacional na próxima temporada, ao lado de Ceará, Avaí e o Juventude, os clubes que têm a queda matematicamente confirmada.“Não caímos hoje. Nós caímos ao longo do campeonato. Vamos cair de pé. A vida é feita de ensinamentos. A torcida pode ficar tranquila. Tudo isso serve de aprendizado. O Atlético-GO está equilibrado, tem uma base e é um dos favoritos para subir se souber encarar os adversários com respeito”, analisou o dirigente atleticano, que não fez declarações polêmicas ou no sentido de criticar o elenco, a comissão técnica ou a torcida, como às vezes costuma fazer.Segundo ele, o Atlético-GO tem saúde financeira, está bem organizado, tem uma base formada em termos de elenco e precisa se ajustar à nova realidade para fazer de novo o caminho de retorno à Série A. Em 2012, quando caiu depois de campanha ruim, o clube estava endividado e por muito pouco não foi rebaixado à Série C em 2013. Teve de trabalhar para se reorganizar, pois enfrentou problemas financeiros quando esteve perto do acesso à Série A em 2014. Em 2017, na segunda queda, não investiu nem se endividou. Porém, teve de remontar o elenco para 2018 e 2019. Injustiça“Temos de tirar conceitos. Foi um ano positivo. Era injusto cair. Pelas equipes que estão aí, merecíamos coisa melhor. Mas é preciso aprender, trabalhar mais com o adverso, com as lesões, o novo calendário, em que você não pode fazer a reposição (de jogadores) imediatamente”, disse Adson Batista, apontando alguns jovens jogadores como importantes para tentar acesso novamente, em 2023, como Lucas Gazal e Kelvin. “Fui ao vestiário e falei com os jogadores. Não faltou luta. Os que ficaram serão respeitados. Ou que não ficarem, sairão pela porta da frente. A vida é feita de muitos ensinamentos. Temos uma base. A torcida pode ficar tranquila”, afirmou o dirigente. Para ele, o Atlético-GO sofreu com a perda de jogadores que eram titulares, por causa de lesões, como o goleiro Ronaldo e o zagueiro Ramon Menezes. Eles se recuperam e têm contrato com o clube para a próxima temporada. Por isso, estão no projeto que será preparado para o retorno à elite nacional, agora sem ter de dividir calendário com a disputa da Copa Sul-Americana, em que o clube chegou à semifinal deste ano.