Esporte

Presidente diz que Atlético-GO foi ‘time sem alma’ e cobra jogadores após derrota

Comunicação / ACG
Adson Batista, presidente do Atlético-GO

O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, disse que o Dragão foi um “time de pelada e sem alma” na derrota, de virada, para o Goiânia pela 8ª rodada do Goianão neste domingo (5) no estádio Olímpico. O Galo venceu o rival atleticano por 4 a 2 a postura da equipe rubro-negra incomodou o dirigente.

“Quando eles (Goiânia) fizeram 3 a 2, nosso time (Atlético-GO) virou time de pelada. Eles poderiam ter feito mais. O Atlético-GO foi um time sem alma. Tem jogador que precisa entender que está vestindo uma camisa forte, pesada e respeitada no cenário nacional”, comentou o presidente do Atlético-GO após a partida.

A principal crítica do dirigente foi direcionada para o sistema defensivo do Atlético-GO, que sofreu três gols de jogadas de bola parada.

“Vamos ter que fazer muitas reflexões. Nossos zagueiros apanharam o tempo todo, o atacante do Goiânia (Wallace) fez o jogo dele. O time está previsível, se abate muito fácil. Quando você toma três gols de bola parada, você tem que fazer muita reflexão. Eu vou falar uma coisa, o Atlético-GO vai chegar na final do Campeonato Goiano. Nós vamos usar esse jogo para mostrar que no futebol você tem de ser humilde, competitivo e respeitar o adversário.”, completou o presidente rubro-negro, que em 2022 fez a mesma “previsão” após derrota de 3 a 2 para o Vila Nova na fase de grupos - o Dragão foi campeão goiano.

Em mais de uma fala, o dirigente afirmou que vai “tomar decisões” sobre o futuro do Atlético-GO. “Eu vou tomar decisões. Não posso aceitar que o Atlético-GO passe por essas situações. Me preocupa o time não ter muitas lideranças, não tem jogadores que se posicionam. Os zagueiros precisam ser mais viris, marcar com mais intensidade e jogar com mais inteligência. Tecnicamente nós temos qualidade”, disparou.

O presidente do Atlético-GO, no entanto, minimizou críticas e vaias que foram direcionadas para o técnico Eduardo Souza.

“Não é justo jogar na conta dele (Eduardo Souza). O maior culpado de tudo no clube sou eu. Já passei por tudo nessa vida, o Atlético-GO chegou na Série A com trabalho, humilde e entende os recados que o campo nos deu. Hoje o campo nos deu muitos recados. Vamos ter tranquilidade, pensar com cabeça fria e tomar decisões que a gente precisa. O Atlético-GO não soube valorizar a posse de bola, teve falso domínio, futebol é jogado e não é falado. O Goiânia mereceu, fez um grande jogo”, analisou.

Adson Batista elogiou o comportamento inicial das duas torcidas no clássico, mas criticou a postura de torcedores do Goiânia que xingaram o presidente do clube, Alexandre Godoi, durante o clássico.

“Fiquei muito feliz quando cheguei no estádio Olímpico e vi as torcidas chegando juntas, isso é exemplo para todos. Vi um pouco de excesso da torcida organizada do Goiânia, denegrindo seus dirigentes e coisas que não são necessárias. Fazer futebol é difícil, não é fácil. Não sei nem o valor da folha do Goiânia, mas não é só dinheiro. Se fosse dinheiro a gente tinha ganhado o jogo”, opinou o presidente do Atlético-GO.

Confira outros trechos da coletiva do presidente do Atlético-GO:
Saída de jogadores
Não posso tomar decisão no microfone, mas vamos fazer reflexões. Não vou citar nomes. 

Dragão na final do Goiano
Nós temos qualidade para isso. Evidente que não tenho bola de cristal, eu preciso ser grande e pensar grande no meu clube. Nós temos que repensar algumas coisas e vamos buscar alternativas. Aqui no Atlético-GO tem qualidade para chegar na final, mas jogador tem que querer mais, tem que fazer a diferença dentro de campo. A gente precisa ser mais simples e organizado, saber entender que o jogo não dura só 45 minutos.

O que faltou no clássico
Falta de competitividade, entender que é um clássico, que futebol não pode dar espaços, atacar de maneira desorganizada e faltou atenção na bola parada. Temos que atacar a bola, cada um precisa entender sua função. Nós tomamos dois gols iguais, o primeiro e o segundo. No terceiro a bola passou na frente de todo mundo. O Atlético-GO foi time aquém do que podemos no dia de hoje.

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