Esporte

Qual a receita para o Vila Nova conseguir uma virada histórica

Diomício Gomes
Quintero (3) encara marcação de Luiz Fernando no jogo de ida da final

O Vila Nova tentará fazer história na final do Goianão 2024 e superar marcas em clássicos e do rival Atlético-GO no próximo domingo (7). Para quem já foi campeão pelo Tigre, o caminho para o time colorado reverter a vantagem construída pelo Dragão passa por disciplina tática, boa execução da estratégia definida para o jogo e pode melhorar se o clube marcar um gol rápido no Accioly.

O Vila Nova não tem missão fácil contra o Atlético-GO. O Dragão ganhou de 2 a 0 o jogo de ida, no OBA, e pode até perder por um gol de diferença que conquistará o inédito tricampeonato. O Tigre terá de devolver a vantagem da primeira partida para levar a decisão para os pênaltis ou golear no tempo regulamentar para virar o duelo e celebrar o fim do jejum que perdura desde 2005.

Campeão goiano de 2005, o último do Vila Nova, o volante Fábio Bahia acredita que a missão colorada pode ficar mais fácil se o time marcar um gol rápido.

“Tem que achar o primeiro gol antes dos 15 minutos, isso vai amenizar a situação e aumentar as chances do Vila. O resultado está adverso, está 2 a 0, então o quanto antes sair o gol vai facilitar na busca do objetivo. Não vai ser fácil, o Atlético-GO tem muita qualidade, mas surpreender com um gol rápido pode ajudar”, opinou Fábio Bahia, que aos 40 anos segue em atuação e defende o Jacuipense-BA.

Fábio Bahia reforça que o Vila Nova não pode pecar na marcação e tem de entender os momentos certos para pressionar o Atlético-GO. “São dois times de muita qualidade técnica.”

Para o ex-volante Heleno, outro campeão pelo Vila Nova em 2005, o jogo da volta exige erro zero por parte do Vila Nova. O ex-jogador entende que o time colorado precisa encarnar espírito guerreiro para fazer frente ao Dragão.

“Em 2005, nós tínhamos uma equipe aguerrida. Talvez o talento não era o mesmo do Goiás, mas passar por nós era difícil. Contra o Atlético-GO, o Vila tem que ter esse espírito de guerra. Não pode sofrer gol e buscar o primeiro gol para depois pensar no segundo. Tem que jogar por uma bola, sim, para marcar o primeiro. Isso vai aumentar a confiança para buscar o segundo”, comentou.

Heleno frisa que o elenco colorado não pode pensar no primeiro jogo e precisa aproveitar o tempo livre até a decisão de domingo para corrigir erros que a equipe apresentou na partida de ida.

“Tem que esquecer os erros do jogo passado, aproveitar a semana para fazer as correções necessárias e não voltar a errar mais. É momento de ter uma partida perfeita, erro zero, marcar forte e lutar por todas as bolas para mostrar em campo que pode vencer”, completou.

O time vilanovense terá alguns tabus para quebrar na decisão do Goianão. O Vila Nova não vence um clássico, como visitante, por três gols de diferença desde 2007. No Estadual, nunca houve virada em decisão quando um time venceu o jogo de ida pela diferença de dois gols. No Accioly, o técnico Jair Ventura jamais perdeu.

“Isso é repercutido na semana, jogadores acabam vendo, mas não interferem dentro de campo. Quando entra em campo, ninguém lembra na hora de uma dividida ou um chute. O jogador do Vila tem que lembrar que precisa de dois gols para levar para os pênaltis. Esses tabus ficam do lado de fora mesmo, o jogador só pensa em vencer e escrever uma nova história”, salientou Fábio Bahia, que defendeu o Vila Nova entre 2003 a 2005.

Na semifinal contra a Aparecidense, por exemplo, o Vila Nova conseguiu quebrar um tabu de sete eliminações seguidas após derrota por 2 a 0 no jogo de ida por dois gols de diferença. Na volta, no OBA, o Tigre fez 3 a 0 no Camaleão e avançou à final. O cenário é o mesmo para a final, com a diferença de que jogará como visitante e em um confronto mais pesado por ser um clássico goianiense.

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