Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis poderão ser liberados para voltar ao Brasil na próxima semana, depois que o Ministério Público do Paraguai decidiu não apresentar novas denúncias contra eles.De acordo com a promotora Alicia Sapriza, a decisão sobre a soltura será tomada pelo juiz Gustavo Amarilla nos próximos dias.O Ministério Público entende que eles cometeram crime passível de prisão ao entrarem no país com documentos adulterados, mas optaram por pedir à Justiça uma suspensão condicional do processo.As condições impostas aos brasileiros são o pagamento de multa no valor de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) como reparação de danos ao país, que eles se apresentem à Justiça brasileira a cada três meses durante um ano (dois no caso de Assis) e declarem residência fixa onde possam ser encontrados.Ronaldinho e o irmão estão presos em Assunção desde 6 de março, após entrarem no país com documentos adulterados. Eles permaneceram detidos por um mês na penitenciária Agrupación Especializada, e o ex-jogador virou atração no local ao bater bola com os outros detentos, que lhe ofereceram churrascos.Em abril, eles foram liberados para o regime de prisão domiciliar. Como não possuem residência na capital paraguaia, se hospedaram em um hotel e se tornaram os únicos hóspedes no local por causa da pandemia de Covid-19."O Ministério Público não encontrou nenhum crime de natureza financeira. Nenhum! Reconheceu também que o Ronaldo utilizou o passaporte de boa-fé. Que não tinha conhecimento da adulteração. Assim, o processo será suspenso. E, ao final do prazo, será declarada a absolvição do Ronaldo", afirmou Sergio Queiroz, advogado dos irmãos.Segundo Saprizia, os dois sabiam que os passaportes eram falsos e isso foi informado ao juiz do caso, mas eles não tiveram participação na confecção ou obtenção dos documentos. Durante os cinco meses também não ficou comprovada a participação deles em outros crimes que estavam sendo investigados no país.