Sucesso no Globoplay, a primeira temporada de "Os Outros" chega, no dia 18, ao horário nobre da TV Globo, com exibição às quintas-feiras, após "Renascer". A série traz uma discussão sobre a intolerância e a dificuldade de diálogo na sociedade atual, a partir da história de duas famílias que vivem em um mesmo condomínio. Os casais vizinhos Wando (Milhem Cortaz) e Mila (Maeve Jinkings) e Cibele (Adriana Esteves) e Amâncio (Thomás Aquino) entram em conflito após uma briga entre seus filhos, Rogério (Paulo Mendes) e Marcinho (Antonio Haddad). A situação chega a extremos, com consequências absurdas que envolvem outros moradores do local.Com grande elenco e interpretações surpreendentes, a série é resultado da sintonia fina entre o autor Lucas Paraizo e a diretora artística Luisa Lima, à frente das equipes de criação e realização. Trabalhando há mais de cinco anos em parceria, eles agora celebram a chegada da obra à TV aberta. “Os Outros foi a série mais autoral que escrevi até hoje. Nasce de uma reflexão sobre o que acontece quando todos acham que têm razão, uma característica dos dias atuais. Tentei unir uma narrativa popular à densidade dos assuntos que escolhi tratar: a classe média brasileira endividada, polarizada e cheia de medo, mas com sonhos e ambições legítimas. Estou curioso sobre qual vai ser o impacto dessa obra na TV aberta”, comenta Lucas.Para Luisa Lima, estrear na TV representa a chance de emocionar e conversar com o País todo. “Os Outros fala do Brasil de hoje, das consequências da intolerância dentro e fora de casa. A trama tem viradas muito surpreendentes. Podemos chorar, rir, nos encantar e sentir frio na barriga a todo tempo. É uma série pop e sem julgamentos, que expõe as relações com os nossos filhos, os medos, o ideal de vida segura e feliz que temos. Me formei na televisão e sei da nossa responsabilidade. Me encanta esse alcance de um vasto público, e fico muito feliz de apresentarmos uma realização que é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e talentosa, com um elenco brilhante. Que todos se afetem, como nós nos afetamos fazendo. 'Os Outros' somos nós”, ressalta ela.Os atores também comemoram a estreia na TV. Adriana Esteves conta que a série é mais um trabalho importante em sua trajetória profissional. “Os Outros é uma grande série da excelente parceria entre Lucas Paraizo e Luisa Lima. Participar das séries brasileiras que estão sendo feitas é um luxo e um orgulho para mim. Os Outros, teve enorme sucesso no Globoplay, e, com certeza terá também agora na TV aberta”, conta Adriana, que arrebata o público com sua atuação como Cibele.Eduardo Sterblitch destaca que seu personagem, Sérgio, representou uma oportunidade de levar ao público uma faceta de sua atuação diferente dos outros trabalhos que costuma realizar. “Sérgio foi a chance para o público entender que eu posso compor personagens que não são só de humor. Na série, a gente tenta fazer uma coisa ultrarrealista. Acho que isso tocou as pessoas, como a vida real pode ser uma tragédia e pode ser um terror, depende de como você reage aquilo”, afirma o ator. A atriz Maeve Jinkings lembra que Mila foi sua primeira personagem depois da pandemia e ressalta a importância do trabalho da equipe no processo. “Em 2022, gravamos a série de forma apaixonada, após a pandemia, período de alta pressão social, isolamento e polaridade política. Encontramos, no texto de Lucas Paraizo, uma maneira de lidar com nossas próprias perguntas, na direção de Luísa Lima uma firmeza e um acolhimento de temas tão duros. O elenco é brilhante, formado por artistas que admiro há décadas e que, nesse contexto, se tornaram uma família para mim. Por tudo isso, não fiquei surpresa quando 'Os Outros' foi tão bem recebida pelos espectadores do Globoplay. Estou muito feliz e ansiosa para que os espectadores da TV Globo tenham acesso à intensidade desse trabalho que nos orgulha tanto”, celebra Maeve.Thomas Aquino considera essa trabalho muito significativo, pois o levou para um estágio interessante da atuação. “Pude falar sobre o Amâncio, um homem que tem sensibilidade, paciência e calma para resolver as coisas de forma pacífica e sem violência. Para mim, isso falta na sociedade, não há mais diálogo nem escuta. Nós não estamos sozinhos no mundo, vivemos em um lugar coletivo. Eu não posso viver dentro de um condomínio, ver que existem problemas e partir para agressão física ou verbal na tentativa de resolvê-los. Essa série é maravilhosa porque é uma livraria de questionamentos: Quem somos nós? Como podemos ajudar o outro? Como nos ajudar? Como resolver os problemas com maturidade? Precisamos saber que, se dermos as mãos, não estaremos sós. Espero que o público receba bem porque temos muitos temas que podemos discutir”, argument Thomas.