O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o cantor Eduardo Costa, 42, por estelionato na venda de um imóvel construído em um terreno de preservação ambiental em Capitólio (MG). Procurada, a assessoria do artista disse que ele não vai se pronunciar sobre o assunto.O Tribunal de Justiça de Minas Gerais afirmou que a denúncia foi distribuída na segunda (29), mas ainda não foi analisada pelo juiz.O casal que comprou a propriedade, localizada no balneário de Escarpas do Lago, em Capitólio, no sul de Minas, disse que ao tentar registrar o imóvel foi informado que existiam dois processos sobre ele: uma ação civil pública do Ministério Público Federal e uma ação de reintegração de posse pela casa estar construída parcialmente em uma área de preservação permanente pertencente a Furnas, dona de uma represa na região.Segundo o MPF, um total de 1.122,80 m² do terreno, que incluem jardim, piscina, garagem de barco, salão e varanda, estão na área de proteção. O terreno tem um total de cerca de 4.000 m². A denúncia da ação civil foi feita em outubro de 2017. Já a ação de reintegração foi apresentada por Furnas em 2012.O casal de novos donos alegou que não sabia dos processos envolvendo o imóvel. Já Eduardo Costa afirmou que tinha conhecimento de que parte da casa estava em terreno ilegal quando ele a comprou e que notificou os novos donos antes da conclusão da venda.Em 2018, ao ser questionado sobre o assunto, Costa negou qualquer tipo de irregularidade. "Eu jamais daria prejuízo para qualquer pessoa, não faz parte do meu caráter fazer isso."A casa de Costa em Capitólio foi vendida por um valor entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões. Em troca, o sertanejo recebeu um imóvel em Belo Horizonte avaliado em R$ 9 milhões. Para compensar a diferença, Costa deu uma Ferrari, uma lancha e uma moto aquática para o casal.