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Com Wagner Moura no elenco e sucesso de bilheteria nos EUA, Guerra Civil estreia nos cinemas do País

Divulgação
Wagner Moura é um dos protagonistas de Guerra Civil , que chega nesta quinta-feira (18) aos cinemas

Pegue um mundo distópico, coloque doses de disputa política e ideologias extremistas, acrescente Kirsten Dunst e jogue uma pitada do tempero de Wagner Moura. O resultado é o filme Guerra Civil, que vem batendo recordes de bilheteria nos Estados Unidos e estreia nesta quinta-feira (18) nas salas de cinema de Goiânia e Aparecida.

A obra tem tudo para fazer sucesso em terras tupiniquins, já que une ação, drama e suspense em meio a uma roupagem de um futuro nem tão distante assim. Dirigido pelo cineasta Alex Garland, conhecido pelos longas-metragens Ex Machina: Instinto Artificial (2014) e Aniquilação (2018), Guerra Civil já é visto como o seu filme mais elogiado pela crítica americana.

Um dos motivos para tal chancela de filme do ano se deve ao estúdio cinematográfico A24, que produz a obra e que vem acumulando uma lista de produções bem recebidas pelos espectadores, como em Vidas Passadas (2023), Pearl (2022) e Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) – este conquistou o Oscar de melhor filme em 2017.

Outra questão que justifica tal comoção americana gira em torno da narrativa em meio às campanhas presidenciais dos EUA. Na história, o país vive uma guerra civil e uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados norte-americanos para registrar a dimensão e a situação do cenário violento que tomou as ruas.

Ao longo da película, o trabalho de registro se transforma em uma guerra de sobrevivência, quando os protagonistas também se tornam o alvo dos extremistas. Os jornalistas são vividos pela atriz Kirsten Dunst, uma fotógrafa, e o brasileiro Wagner Moura, que interpreta um repórter. Os dois precisam chegar até Washington, especificamente na Casa Branca, para conseguir um furo de reportagem com o presidente, antes que a oposição chegue à capital e derrube o governo.

Muito além de ideologias extremas e tramas políticas que fazem alusão aos governos autoritários que têm tomado os poderes, o cineasta Garland explicou, durante coletiva de imprensa no filme, que Guerra Civil alerta o público sobre questões importantes: “O filme é sobre a importância do jornalismo e sobre o papel da reportagem. Basta um simples reconhecimento de que este país, o meu país, muitos países europeus, países do Médio Oriente, da Ásia, da América do Sul, todos têm políticas populistas e polarizadas que estão causando e ampliando divisões extremas”, comentou o diretor.

O filme é lançado em meio à campanha política dos Estados Unidos. De um lado está o atual presidente Joe Biden, que busca a reeleição e acusa o adversário Donald Trump de abraçar a polarização e violência política. Já o ex-presidente faz piada na internet sobre ser um ditador e enfrenta acusações de conspirar para anular as eleições de 2020. Cenário que também pode ser visto em outros países da América, como o Brasil.

Influência

Nas redes sociais, espectadores e críticos afirmam que o filme pode influenciar o início de conflitos armados e que a produção serve de combustível para extremistas. Já a atriz Kirsten Dunst reitera que Guerra Civil é um longa antiguerra. “Depois de vê-lo, você quer conversar um pouco sobre ele com as pessoas. E acho que qualquer filme que faça isso é incrível”, disse a artista para a imprensa americana.

Famosa por estrelar blockbusters, como Homem-Aranha (2002), e filmes mais cults, a exemplo de Melancolia (2011) e Ataque dos Cães (2021), Kirsten é uma das estrelas mais cotadas para ganhar o Oscar de melhor atriz na competição do próximo ano. De acordo com a artista, Guerra Civil está aberto à interpretação. “Para mim, havia coisas que acabei de aceitar que eram inexplicáveis. Isso permite que o público expresse seus próprios sentimentos sobre o que está assistindo”, destacou.

 

Jornada internacional 

Quem vê o ator Wagner Moura na pele do malvado favorito Olavo, em Paraíso Tropical, novela exibida atualmente no Vale a Pena Ver de Novo (TV Globo), nem acredita que é o mesmo ator de Guerra Civil. Camaleão, o ator soteropolitano fez novelas e filmes nacionais, se tornou um dos maiores expoentes de sua geração, conquistou lugar na indústria cinematográfica americana e foi indicado até ao Globo de Ouro. 

Antes de estrear Guerra Civil, Wagner já havia atuado em filmes como Elysium (2013) e Agente Oculto (2022) e na série de sucesso Narcos (2015). Em terras tupiniquins, o ator de 47 anos ficou conhecido pela sucessão de papéis importantes em produções de peso, a exemplo de Marighella (2019), Praia do Futuro (2014), Tropa de Elite (2007) e Ó Paí, Ó (2007). 

Guerra Civil coloca Wagner Moura mais uma vez no status de ator internacional. Para a imprensa americana, o baiano afirmou que sempre soube que o longa-metragem seria um grande sucesso de público. “Já estive em filmes em que todos pensavam que seria incrível e, ao assistir, foram decepções. E o contrário também já aconteceu. Mas, eu preciso dizer: com Guerra Civil, eu estava muito confiante de que seria um grande filme. E quando eu vi, eu fiquei maravilhado", comentou. 

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