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Eva Wilma está na UTI de hospital após apresentar problemas no coração e nos rins

Alex Carvalho/Globo

Eva Wilma, 87, está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A internação da atriz ocorreu na última quinta-feira (15), mas só foi divulgada nesta segunda (19).

Ela está sendo tratada de problemas cardíacos e renais. De acordo com o boletim médico, assinado pelo cardiologista Cláudio Cirenza e pelo diretor médico e de serviços hospitalares Miguel Cendoroglo, ela está em consciência e respirando espontaneamente. O estado de saúde da atriz é considerado estável.

Esta é a segunda vez que Eva Wilma é internada neste ano. No dia 7 de janeiro, ela foi hospitalizada no Hospital Vila Nova Star, da Rede D'Or, também em São Paulo, por causa de uma pneumonia. Ela chegou a passar 9 dias na UTI.

Na ocasião, ela fez exames que descartaram que ela tivesse sido contaminada pelo coronavírus. "Não há relação com a Covid-19. Ela está consciente, mantendo estabilidade hemodinâmica e boa evolução clínica", dizia o boletim médico divulgado na época.

No ano passado, a atriz participou de uma série de entrevistas feitas por Pedro Bial para homenagear os 70 anos da televisão brasileira, completados em 18 de setembro. Uma das histórias que chamou mais a atenção foi a da quase escalação para um filme do cineasta Alfred Hitchcock.

Wilma relembrou que estava com o marido almoçando nos estúdios da Universal Pictures, em 1969, quando um agente se aproximou dela. "Ele veio me perguntar se poderia me fotografar, pois Hitchcock estava procurando uma atriz latino-americana para fazer o papel de uma cubana em um filme muito importante."

Ela disse que se deixou fotografar e retornou ao Brasil. Passados alguns meses, uma pessoa entrou em contato para convidá-la para participar do teste: "Fui para Hollywood no dia seguinte". Wilma recorda que Hitchcock tinha uma casa só para ele nos estúdios e que "parecia mais uma casa de filme de terror mesmo".

Depois de três meses, a atriz diz que foi escolhida uma alemã [Karin Dor] para o papel da cubana. "O meu consolo, também, digo para me conformar, é que 'Topázio' [1969] não foi um dos bons filmes de Hitchcock. Eu assisti e falei: 'Esse papel não era para mim'. Mas era para me conformar, porque eu queria ter feito."

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