Quase cinco anos depois de revolucionar a forma de se fazer animação nos cinemas, a tão esperada continuação da trama do herói negro e latino Miles Morales está de volta para o próximo capítulo da saga vencedora do Oscar (2019). "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso", dos diretores Justin Thompson, Kemp Powers e Joaquim Dos Santos, tem pré-estreia nesta quarta-feira (31) nos cinemas de Goiânia e Aparecida de Goiânia. No volume 2, o protagonista vai encontrar um verdadeiro batalhão de outras variantes do Amigão da Vizinhança nos mais diferentes multiversos.Em 2018, "Homem-Aranha no Aranhaverso" reuniu diversos aracnídeos de diferentes realidades em um único universo para falar sobre o multiverso. Só que antes mesmo da concepção do projeto, os produtores Phil Lord e Chris Miller tinham escutado de outros estúdios que o público não estava preparado naquele momento para vivenciar essa temática. O resultado dessa megalomaníaca ideia foi o Oscar de melhor animação em 2019 e a influência para vários outros filmes, inclusive do ganhador dos principais prêmios do cinema americano em 2023, "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" (2022).Criado por Brian Michael Bendis e Sara Pichelli, o Homem-Aranha de Miles Morales fez sua estreia nos quadrinhos da Marvel em 2011 na história "Ultimate Fallout #4", e se tornou um fenômeno de vendas e exemplo de representatividade dentro e fora das HQs. Ele é tão amado que os fãs pedem uma versão live-action. O personagem foi inspirado no ex-presidente dos EUA Barack Obama e a construção da sua aparência no ator Donald Glover (Máquina Mortífera). Para se ter uma ideia, a versão mais longeva e famosa do herói, Peter Parker, surgiu em agosto de 1962 pelas mãos de Stan Lee e Steve Ditko.A sequência chega com muitos desafios pela frente e por isso não economizou para surpreender nessa nova aventura. O primeiro filme custou US$ 90 milhões e arrecadou quase quatro vezes esse valor em bilheteria. O orçamento do segundo superou US$ 100 milhões e a previsão é faturar mais que o dobro da estreia do herói nas telonas. "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" se passa em seis mundos, o que equivale a fazer cinco filmes simultaneamente e para isso foi preciso uma equipe de mil profissionais trabalhando, provavelmente uma das maiores de Hollywood numa única produção.TramaNa continuação, Miles Morales (Shameik Moore) já está mais confortável com o uniforme e suas responsabilidades, mas sente falta de seus antigos amigos de universos paralelos. Em especial, da Mulher-Aranha/Gwen Stacy (Hailee Steinfeld). A saudade dura pouco tempo até que ela invade seu quarto por meio de um portal e apresenta a ele uma organização de elite formada por centenas de aranhas, de Gato-Aranha a personagens de videogame. Ao que tudo indica, essa sociedade está cuidando do multiverso, ou seja, eles ficam monitorando vilões e heróis para impedir qualquer perigo.Esses personagens foram recrutados por Miguel O’Hara, o Cabeça de Teia do Futuro (Oscar Isaac), que apareceu na cena pós-crédito do primeiro filme. Em 1992, a Marvel decidiu investir em uma nova linha de gibis situados no distante ano de 2099. Ele não é uma versão do Peter Parker, é um geneticista, mega inteligente que ganhou os poderes após tentar alterar o próprio DNA para se curar de um vício. Além do kit básico de Aranha, tem teias orgânicas, presas e garras, veneno, telepatia e também um sentido Aranha que consegue prever o perigo e encontrar a raiz do problema antes de acontecer. Miguel O’Hara não quer Miles na equipe e em algum momento o jovem herói precisou escolher entre salvar uma pessoa ou o multiverso, mas decidiu pelos dois e por isso é perseguido por várias variantes do seu personagem. No entanto, o grande vilão do filme será o Mancha (Jason Schwartzman), amigo de Mysterio e lacaio do Rei do Crime. A sua primeira aparição nas HQs foi em "O Espetacular Homem Aranha Episódio 97", lançado em 1984. Conhecido também como Dr. Jonathan Ohnn, o antagonista tem a habilidade de se teletransportar, abrir portais interdimensionais e é imortal