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Léo Santana explica 'Zona de Perigo' e diz que Carnaval de 2023 será 'um dos melhores'

Divulgação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Para o cantor Léo Santana, o Carnaval de 2023 tem tudo para ser um dos melhores da história da festa de rua. Ele se refere ao retorno pleno das atividades depois do período de isolamento social da pandemia de Covid-19 e do ano passado, ainda com algumas restrições.

"As pessoas estão ávidas pelo Carnaval. Salvador está lotada de turistas do Brasil e do mundo, o povo está com saudade de reviver a folia e a alegria", diz. "Acredito que vamos ter um dos melhores Carnavais da história em todos os aspectos e estou mais do que pronto para levar alegria e muita diversão para o povo."

O cantor baiano chega ao Carnaval deste ano com um dos maiores hits do verão, "Zona de Perigo". A música, a princípio, não era a aposta principal de Santana para fazer sucesso, mas acabou se impondo organicamente.

"Estávamos trabalhando a canção 'Não se Vá', gravada em parceria com Pedro Sampaio, mas 'Zona de Perigo' começou a crescer bastante nos shows e acabou conquistando o público de uma maneira muito natural e orgânica", afirma. "Aí gravei um vídeo, publiquei no Instagram e TikTok e 'boom', explodiu!"

Um pagode com elementos de arrochadeira, bachata e um arranjo de sax, "Zona de Perigo" foi escrita e produzida por um coletivo de compositores baianos chamado Munição, formado por Rafa Chagas, Adriel Max, Fella Brown, Pierrot Junior e Yvees Santana. Nas últimas semanas, a faixa disparou para as primeiras posições nas paradas dos serviços de streaming.

"Recebi a canção dos compositores e na mesma hora que ouvi, gostei, mandei para meu diretor musical e para Rafinha, meu produtor musical", diz Santana. "Pedi para inserir alguns elementos e mexi em algumas coisas no ritmo. Agora, inclusive, ela ganhou algumas versões como lambada, arrocha, piseiro -e eu estou mais do que feliz com tudo isso."

Uma das razões da viralização da música é a coreografia, que impulsionou "Zona de Perigo" nos aplicativos de vídeos curtos, como TikTok e Kwai. O passinho foi criado por Edilene Alves, bailarina e coreógrafa de Santana há mais de 15 anos, que se destacou com movimentos mais fáceis de serem reproduzidos, em contraste com a complexidade habitual do TikTok.

Representante mais famoso do pagode baiano atual, Santana reconhece o crescimento do gênero, que vem se sobressaindo no Carnaval. Além dele, nomes como Oh Polêmico, O Kannalha e O Poeta, entre outros têm músicas entre as mais tocadas neste verão.

"Acredito sim que hoje o pagode ganhou uma representatividade nacional e um respeito maior, hoje chega a lugares que antes não chegava, como os grandes festivais -inclusive rodeios, festas de peão e afins", diz Santana.

O cantor já falou sobre o pagodão ser vítima de preconceito por ser uma música da periferia de Salvador. "Hoje, [o pagode] atinge públicos que não atingia antes e isso tudo se reflete na forma como sou recebido por onde passo. Acredito, sim, que hoje o pagode é um ritmo que representa muito a música e o Carnaval."

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