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Mitos do Sertanejo, Trio Parada Dura e Matogrosso e Mathias se apresentam em Goiânia

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Matogrosso e Mathias: dupla está na estrada há 50 anos, apesar de mudanças na segunda voz

Juntos, eles somam 100 anos de carreira e sucessos que muita gente canta do início ao fim, seja no chuveiro, numa resenha em casa ou na mesa de bar. Tente não cantarolar se for capaz: “Por isso é que decidi/ O meu telefone cortar/ Você vai discar várias vezes/ Telefone mudo não pode chamar” ou “Tentei te esquecer, não deu/ Pensei que fosse mais forte que esse amor/ Ó minha paixão, sou teu”. Os donos desses hinos, o Trio Parada Dura e Matogrosso e Mathias, respectivamente, apresentam em Goiânia o projeto Mitos do Sertanejo, nesta sexta-feira (31), na Arena Multiplace, espaço anexo ao Laguna Gastrobar.

“O público delira porque é uma viagem no tempo, sem contar que todo mundo tem o prazer de escutar uma moda bem cantada. Já passamos por várias cidades e sempre com ingressos esgotados. O que mostra que o sertanejo raiz é bastante forte e não se apaga com os hits que estão sendo tocados hoje e que não têm ligação nenhuma com o sertão”, comenta Xonadão, do Trio Parada Dura, em entrevista por telefone ao POPULAR. A estreia do projeto Mitos do Sertanejo foi no primeiro semestre de 2019 em Cuiabá (MT) e pela primeira vez passa por Goiânia. A abertura dos portões será às 17 horas e a organização do evento não divulgou a ordem dos shows.

Conhecidos como a dupla mais romântica do Brasil, Matogrosso e Mathias vão interpretar clássicos imortais do gênero, como Tentei Te Esquecer, Boate Azul e Ela Chorou de Amor, regravados no projeto Zona Rural, que celebra a carreira de 50 anos e que recentemente ganhou continuidade nas plataformas digitais. O repertório também conta com hinos, como Sonhei com Você e Vontade Dividida, imortalizados por Milionário e José Rico. Além das releituras, eles apresentam novas composições, caso de Sem Ingresso, que conta a história de um apaixonado que sofre por não conseguir se declarar.

Já no repertório do Trio Parada Dura, formado por Creone, Xonadão e Leonito, não podem faltar As Andorinhas, Telefone Mudo e Fuscão Preto, canções cantadas e tocadas com muita frequência em shows por todas as gerações do sertanejo. O grupo também vai apresentar Aceita Que Dói Menos, gravada ao lado de Marília Mendonça (1995-2021) no projeto Chalana, Churrasco e Viola (2017). O clipe conta com quase 300 milhões de visualizações no canal do YouTube dos veteranos. Outra confirmada é Vivendo Aqui no Mato, registro ao lado de Zé Neto e Cristiano e que passou das 150 milhões de visualizações.

A gravação com Marília Mendonça aconteceu em agosto de 2016 em Capitólio (MG) e foi a bordo de uma chalana. A parceria é exaltada pelos músicos como determinante para o ressurgimento do grupo no mercado. “O Trio Parada Dura, como outros representantes desse estilo, era para ter parado faz tempo por conta desse movimento universitário. Fizemos um convite para a Marília e ela conseguiu um dia na agenda para gravar. Essa faixa rendeu disco de Ouro e de Platina e colocou o nosso som no meio da garotada. Hoje somos bastante requisitados e fazemos pelo menos 100 shows por ano”, conta Xonadão.

Formações

O Trio Parada Dura foi criado em 1971 e teve diversas formações ao longo da história. A primeira foi Delmir, Delmon e Mangabinha. Eles gravaram três discos, mas sem tanta popularidade. A segunda foi Mangabinha, Creone e Barrerito, iniciada em 1975 e que durou até 1987. Essa foi a união que eternizou o grupo nacionalmente. Depois, Barrerito saiu para a entrada do irmão, Parrerito. Em 2006, Xonadão se juntou a Creone e Parrerito.

Pouco tempo depois, houve uma briga na Justiça por conta dos direitos e eles mudaram o nome para Trio do Brasil. Já Leone, Leonito e Mangabinha tocavam com o nome original. Mangabinha era detentor da marca e depois da sua morte, em 2015, o nome voltou para Creone, Parrerito e Xonadão.

Eles lançaram dois discos: Nossa Estrada (2011) e Chalana, Churrasco e Viola. Essa formação do Trio Parada Dura seguiu até 2020 e precisou ser mudada após a morte de Parrerito por complicações da Covid-19. Leonito foi convidado a retornar ao grupo. Juntos, eles deram continuidade ao último projeto responsável por alavancar a carreira deles. A segunda parte está disponível nas plataformas com participações de Rionegro e Solimões, Cezar e Paulinho, Gilberto e Gilmar e Gian e Giovani.

“Atualizamos o nosso som, sem mexer na essência do grupo, que traz duas vozes bem duetadas, cantando guarânias, músicas românticas, alegres, xotes e batidão com a presença forte da sanfona”, comenta Xonadão. Assim como o Trio Parada Dura, Matogrosso e Mathias também passaram por mudanças na formação. João Batista Bernardo, o Matogrosso, está desde o início à frente da dupla. Desde 2009, seu sobrinho Rafael Belchior é quem responde pela segunda voz – o jovem é o terceiro Mathias a assumir o posto. Originalmente, seu parceiro era Anísio Roberto de Carvalho, que ficou até 2005.

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Trio Parada Dura: Creone, Leonito (centro) e Xonadão prometem clássicos para o público
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