Depois do sucesso da personagem Ritinha na novela ‘A Força do Querer’, a moda do sereísmo se espalhou pelo país e fez a cabeça de crianças e adultos. A demanda está tão grande que até uma fábrica de caudas de sereia foi aberta no Recife em 2017.
Porém, o Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alertou que a brincadeira requer cuidados, devido ao risco de afogamento.
De acordo com o instituto, as pessoas podem querer imitar uma sereia, mas seus movimentos são limitados pelo uso da nadadeira que imita o rabo de peixe. “Isso a expõe a situações de perigo, que podem resultar em afogamento e morte”, alerta o diretor de Avaliação da Conformidade do Instituto, Luiz Antonio Lourenço Marques.
Em média, são registrados 17 afogamentos todos os dias no Brasil. Desses, 51% são crianças com idade entre 1 a 9 anos.
O Inmetro deu início a uma campanha de conscientização dos riscos da brincadeira, alertando os pais e responsáveis sobre os perigos de vestir o acessório.
Para discutir o tema, também foi criada uma Comissão Técnica, formada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa); pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); e pela ONG Criança Segura Safe Kids Brasil.
Descubra os três riscos principais destacados pelo Inmetro:
- Prende as pernas e os pés do usuário, impedindo a flutuação;
- Compromete o equilíbrio, dificultando inclusive ficar de pé;
- Pode levar ao afogamento de forma silenciosa, até em piscinas rasas, mesmo para nadadores experientes.