Outra figura proeminente do Brasil – no esporte, em vez da cultura – ganha as telas da Globo também nesta terça-feira, 8. Logo depois da estreia de Elis – Viver É Melhor Que Sonhar, a emissora exibe a primeira parte de 10 Segundos para Vencer, minissérie sobre a vida de Eder Jofre. Dirigida por José Alvarenga Jr. e escrita por Thomas Stavros, Patrícia Andrade, José Alvarenga Jr. e Marcio Alemão, a série é um desdobramento do filme homônimo lançado em 2018.São cerca de 25 minutos de cenas inéditas – o diretor explica que quando começou a filmar o projeto, já sabia da existência do projeto para a TV.Os maiores acréscimos em relação ao filme, segundo o diretor, são cenas filmadas com o próprio boxeador (em setembro, Jofre disse sobre o filme: “Gostei muito, vocês fizeram direitinho”), além de novos depoimentos: com o pugilista japonês Harada, o único a derrotar o brasileiro (por pontos). “Remapeamos o Éder para o público atual”, explica o diretor.“Filmes têm limitação de público, é um mercado específico”, reflete sobre a mudança da obra para a TV. “O projeto do filme existe há 10 anos, então imagina o que é para essa turma toda que fez um trabalho para ser visto agora alcançar 10, 12 milhões de pessoas.”Quem interpreta Éder é o ator Daniel de Oliveira, “veterano” de biografias nas telas, no papel mais físico de sua carreira. “Totalmente. O Cazuza foi para o outro lado, muito magro. Mas na parte física mesmo, com certeza é esse. Respirei boxe durante 11 meses. Meu professor me treinou para lutar, para competir. Foi sacrifício, mas não tinha coré coré”, diz o ator.Ao interpretar o jovem Éder Jofre, Oliveira estava ciente de que a imagem do atleta, apesar de não estar mais em evidência, era amplamente conhecida – o trabalho de retratar uma pessoa real, na sua opinião, é mais complexo do que com um personagem de ficção.A série é exibida em quatro capítulos até o dia 11 de janeiro.Alvarenga Jr. está com três novos projetos no cinema este ano. Sete Idas Para o Inferno (escrito em parceria com Luiz Alberto Mendes, sobre um presidiário que sai da prisão e não encontra mais sua vida antiga) está em fase de captação de recursos. Ele está escrevendo com Patrícia Andrade O Príncipe Maldito, inspirado no trabalho da historiadora Mary del Priore, sobre um sobrinho de d. Pedro I. Um novo drama familiar, na mesma pegada do seu Intimidade Entre Estranhos, ainda em cartaz em algumas cidades, também está em desenvolvimento.