Há exatamente um ano, no 28 de abril de 2020, Rafa Kalimann, 28, deixava o Big Brother Brasil 20. Era a emoção pela conquista do segundo lugar, medo pelo encontro de um mundo pandêmico e muita expectativa pelo que viria depois.Agora, a influenciadora colhe os frutos da exposição, do jogo e do carisma que mostrou no reality. Contratada pela Globo desde maio do ano passado, ela estreia nesta quarta-feira (28) seu próprio talk show, Casa Kalimann, no Globoplay.Uma proposta que veio de surpresa, direto do diretor do BBB, José Bonifácio de Oliveira, o Boninho. Até então, Rafa fazia aulas de teatro, investia na interpretação, chegando a ser cotada para viver Juma, na regravação de “Pantanal”.“Ele me pegou totalmente de surpresa”, afirma ela em conversa online com a imprensa. “Ele falou que a ideia era essa mesma, me pegar de surpresa para evitar que eu pesquisasse, fosse influenciada. E começou a nascer aí o Casa Kalimann.”A ideia chegou a Rafa em dezembro e a fez mudar o foco de suas aulas de interpretação, seus exercícios com a fonoaudióloga. “Foi muito desafiador, mas ao mesmo tempo muito divertido. Era algo novo, um programa meu, com meu nome.”De repente, Rafa, que fez carreira como influenciadora digital, começou a se preparar para estrear, não como atriz, mas como apresentadora. Estudou as trajetórias de nomes como Xuxa, Angélica, Ana Maria Braga, Tatá Werneck e Fátima Bernardes.Segundo ela, todas foram referência para a “Rafa apresentadora”. “Até porque não tem nada mais lindo do que se inspirar em outras mulheres”, afirma. Tanto que Fátima Bernardes virou um sonho de entrevista para ela: “Ela é incrível, muito doce”.Já o programa, o próprio nome diz. Como acontece em sua casa, Rafa Kalimann vai receber seus convidados e bater papo como se estivessem sozinhos, mergulhando em assuntos que vão além do trivial, além do que eles já falaram na televisão.“Eu gosto muito de receber as pessoas. Gostava, na verdade, porque já faz tempo que a gente não faz isso por causa da pandemia. Então busquei assuntos e conversas mais intimistas, como teria com um amigo em casa, daí o nome Casa Kalimann.”E por representar uma casa, o talk show terá, por exemplo, um quadro na cozinha, com Rafa e o convidado cozinhando, mas de cabeça para baixo, pendurados no teto. “É impossível [cozinhar], mas é o momento que eu mais dou risada, a ideia é genial”, conta Rafa, aos risos.A empolgação pelo programa e pela nova carreira de apresentadora, no entanto, não fez Rafa desistir do sonho de atriz. "Não! Não morreu essa ideia não. Mas não tenho certeza de nada, estamos tão quentes com as coisas do Casa Kalimann..."."Mas a vontade [de ser atriz] continua, quero viver essa experiência, a gente já vai até retomar as aulas [de interpretação]", afirma. E tem alguma atriz que inspira a busca por esse sonho? Rafa garante que muitas: "Poderia falar a tarde toda nomes como Fernanda Montenegro, Regina Casé...".SEM CORRER DO BBBMais do que uma casa, essa é a casa de Rafa Kalimann e, por isso, coisas da vida dela também terão espaço, como as redes sociais e o próprio BBB. “Não tem como correr disso e eu nem quero, o Big Brother foi a janela para eu mostrar quem sou.”“A gente vai trazer a experiência do BBB para um dos quadros”, continua ela. “Será uma nave que levará a pessoa para dentro do reality para ver como é ficar dentro da casa. Uma experiência nova, pelo menos àqueles que não são ex-BBB”, completa.E haja BBBs entre os convidados. Carla Diaz, Rodolffo Matthaus, Sarah Andrade, Lumena Aleluia, Lucas Penteado são alguns deles. “A entrevista do Lucas foi muito emocionante, eu comecei a chorar”, revela Rafa. “Já a de Rodolffo foi muito engraçado”, brinca ela, que é ex-mulher do cantor sertanejo eliminado do BBB 21.Rafa, no entanto, lamenta não ter conseguido entrevistar nesta primeira temporada Manu Gavassi, 28, terceira colocado no BBB 20 e, desde então, uma de suas maiores amigas. “Eu tentei de tudo, mas nossa agenda não bateu”, recorda a apresentadora.E mesmo com toda essa aproximação que Rafa mantém com o BBB, ela é categórica ao ser questionada se voltaria ao programa. “Não! Não tenho saúde mental para isso. Foi uma experiência tão extraordinária que eu tenho medo de perder essa magia.”“Poderia ser mais fantástico ainda uma segunda participação, mas tenho medo que não seja e perca isso. Tenho muito orgulho dessa trajetória, mas está bom assim, estou feliz. E reviver aquilo com pessoas diferentes não seria a mesma coisa”, afirma.