Quem é MC também teve o sonho de ser jogador de futebol. A frase é dita por Guilherme Arana, jogador do Atlético Mineiro, na nova produção original do Paramount+ que está sendo lançada nesta segunda-feira (10). A série documental Funkbol traz grandes nomes da cena do funk e do futebol brasileiros que contam ao longo de cinco episódios as suas histórias e reforçam mais ou menos a mesma ideia de Arana, de que a conexão entre funk e futebol se encontra nas origens, na cultura e na identidade.Nomes como os jogadores Antony, Gabigol, Tamires Dias e Matheus Cunha se juntam aos músicos MC Guimê, MC Hariel, MC Kekel, MC Livinho, MC Menor MR, MC Poze Do Rodo e Rodrygo Goes na série. A direção é de Fred Ouro Preto, à frente de produções como o documentário AmarElo: É Tudo Para Ontem (Netflix), indicado ao Emmy Internacional de 2021, e a produção é do VIS em parceria com a Adventures Studios e o KondZilla (maior canal brasileiro do YouTube desde 2018,com mais de 66 milhões de inscritos). O projeto também recebeu apoio da CBF.Os roteiros dos cinco episódios são assinados pelo carioca Emílio Domingos, à frente do documentário Favela é Moda (2019), e pelo goiano Gustavo Palmeira, roteirista da produtora Porta dos Fundos e colunista do POPULAR. “Em cada episódio assistimos ao encontro de um MC e um jogador, e mergulhamos na jornada deles a partir de um tema”, explica Gustavo. Arana e Guimê, Antony e Menor MR e Gabigol e Poze do Rodo são algumas das duplas formadas pelo Funkbol.O tema escolhido para cada episódio guia as histórias que são contadas, como explica Gustavo. O primeiro episódio, por exemplo, é sobre origens. “Então, é mostrada parte da infância e juventude de cada um e onde começou esse sonho de ser jogador ou MC. Como a comunidade de cada um os apoiou e quais foram as dificuldades até chegar às carreiras de sucessos deles”, diz.Falar de música e de futebol se torna uma dinâmica leve e praticamente natural, comenta o roteirista. “Acho que a série consegue traduzir toda a empolgação desses dois universos tão vibrantes e que são pilares da cultura nacional. O dinamismo que temos como resultado ajuda a passar a comoção e o agito que tanto o funk como o futebol conseguem fazer com qualquer brasileiro”, aponta. “E foi um aprendizado imenso trabalhar com profissionais tão importantes na indústria, como o Fred e o Emílio”, diz.Gustavo conta que recebeu o convite para assinar o roteiro do projeto em conjunto com Emílio após a experiência na série Sintonia (2019), dirigida pelo Kondzilla e lançada pela Netflix. “A produtora da Funkbol queria um roteirista com pegada mais pop na escrita, por se tratar de uma série documental, que tem esse ‘quê’ explicativo”, conta.-Imagem (Image_1.2537818)-Imagem (Image_1.2537819)