Famosos

Sandy diz que novo EP simboliza sua transformação na pandemia: 'Como uma catarse'

A cantora Sandy, 37, começou o ano de 2020 empolgada para retomar a carreira solo. Além de completar 10 anos cantando sozinha, seria também a volta ao seu estilo próprio, após dedicar o ano de 2019 ao projeto “Nossa História”, em que recordou os 30 anos de carreira ao lado do irmão, Júnior, 36.

Seus planos, no entanto, foram surpreendidos pela pandemia do coronavírus. Não só seus projetos de comemoração ficaram para 2021, como a cantora também afirma ter passado por um momento de transformação, que resultou em seu novo EP, “10:39”, que chega às plataformas digitais nesta quarta-feira (14).

“Uma coisa mudou dentro de mim, muita coisa mudou dentro das pessoas. Quem está ligado, atendo, vivendo esse momento, não passa sem sentir algumas coisas e olhar pra outras de outra forma. Penso que é um momento de livre expressão, uma licença poética para algo diferente do que eu vinha fazendo na minha carreira solo.”

Apesar de ser um momento novo, Sandy escolheu fazer desse trabalho uma junção de três regravações, mas que, segundo ela, têm cara, jeitão e arranjos renovados. Ela mesma diz que não sabe se o estilo continuará em seus projetos futuros, mas destaca que tem curtido nesse momento: “Se pudesse me traduzir em música seria desse jeito”.

Foram escolhidas para esse novo trabalho as músicas “Piloto Automático”, da banda Supercombo; “Lua Cheia”, do Cinco a Seco; e “Tempo”, da própria Sandy. Nesse trabalho, porém, elas são apresentadas como uma só, inclusive o clipe. A própria cantora pede que as pessoas ouçam e vejam as três juntas, pelo menos na primeira vez.

“Por isso o disco tem o nome '10:39', porque ele é uma unidade”, explica Sandy, se referindo ao tempo total das três músicas ouvidas juntas. Segundo ela, a escolha das canções foi baseada na emoção, já o processo de regravar como uma unidade “foi um pouco de magia”, brinca. “Um momento de muita inspiração”, afirma ela.

Com a pandemia, Sandy conta que o processo de produção desse trabalho foi bem rápido e com poucas pessoas. As músicas foram gravadas no estúdio de sua casa e ela levou apenas dois dias para colocar voz nas três. Já os clipes (ou o clipe) foram feitos em duas tardes, no aras em que trabalha um amigo seu de infância.

Emoção a flor da pele é o que não faltou no vídeo. Sandy chora, grita, se emociona. Segundo ela, tudo de verdade, e tudo ali, com a música, não foi preciso buscar emoção em outros lugares. O que ninguém viu foram os insetos que subiam em seu vestido e a dor na garganta que durou dois dias após os berros.

“Gritei muito. Foi como uma catarse. Eles [os clipes] fazem um desenho do que está sendo essa pandemia, essa quarentena pra mim. Quando eu me vejo numa situação e começo a se conectar com minhas emoções, a sentir e entender coisas. Isso é o segundo clipe. Aí no terceiro vem a esperança, a certeza de que isso vai passar”.

Comentários
Os comentários publicados aqui não representam a opinião do jornal e são de total responsabilidade de seus autores.
ANUNCIE AQUI