Era para ser um engarrafamento qualquer, se não fosse um tiroteio. Os motoristas foram obrigados a deixar os carros e sentar perto de uma mureta em uma ponte no Rio de Janeiro. Muitos ficaram em pânico, mas Leandro de Souza Bastos, também conhecido como Jack Artes, de 42 anos, teve uma reação de inspirar qualquer um ficar mais calmo, esquecer os problemas e curtir muito cada segundo (principalmente, dos fins de semana).

Tranquilamente, Jack usou o momento para compartilhar selfies e tentar ajudar uma mulher que estava apavorada. Ele até gravou um vídeo e postou no Facebook. “Bala comendo”, diz nas imagens com um sorriso no rosto.

O motorista, que estava na Zona Norte do Rio, contou ao EXTRA que é da Baixada Fluminense e, por isto, está acostumado com esse tipo de situação.

“A bala estava comendo. Mas eu não estava com medo. Moro em Caxias [Duque de Caxias, na Baixada Fluminense], e lá tem muito mais tiro. Nem ouvi os disparos, eram mais na frente. Só parei porque o trânsito parou”, disse.

Jack relatou ainda que fez a selfie para deixar a mulher que aparece atrás dele mais calma. Segundo Jack, ele deu água para ela e afirmou que “ninguém a faria mal”, já que o sentido do tiroteio era outro. Eles teriam que se abaixar atrás da mureta apenas por segurança.

Os motoristas ficaram por ali por, aproximadamente, 30 minutos. Jack relatou que quando foi embora ainda dava para ouvir tiros, mas não via perigo em trafegar pela região.

“Ficar nervoso não resolve nada. O dia segue, o trabalho continua. Não dá para parar a vida por tiroteio. Foi assim que fui criado”, completou.