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‘Tudo que sou devo ao menino gordo, preto e pobre que fui’, diz humorista Paulo Vieira

Divulgação

Em recente entrevista, o humorista, Paulo Vieira abriu o jogo sobre o estrago causado pelo bullying na infância e a frágil realidade emocional e financeira da família. Dores que até hoje tenta superar.

“É do que mais tenho tratado na terapia: reconhecer esse garoto que fui, tirá-lo da escuridão e trazê-lo para 2023. Tudo que sou e criei devo a esse menino gordo, preto, pobre e looser que fui. Com seus traumas, família cagada e que resolveu observar e escrever sobre isso”, elabora Paulo, narrando o processo que tem funcionado como cura. “Quando estou falando de uma história que vivi, não deixo de estar reinventando ela, né?”, reflete.

Em busca das próprias raízes ele segue toda vez que embarca para o interior do país com o “Avisa lá que eu vou”, do GNT e reeditado para o "Fantástico" (Globo). A meta do goiano, radicado em Tocantins, que furou a bolha sudestina, é mostrar o Brasil profundo de onde ele saiu para os brasileiros.

“O programa nasceu quando a narrativa que dominava o país era de que o Brasil não valia a pena, que estávamos ferrados e que só elegíamos péssimas pessoas. Nossa intenção era dizer: ‘O Brasil vale a pena, sim, e o Brasil que vale a pena é esse aqui, ó’. Existe um país que não está na primeira página e que precisa ser procurado pelo audiovisual”, explica.

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