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Vestidos saem do armário e se tornam aliados do dia a dia no calor

Diomício Gomes
A peça é uma blusa que parece vestido, que a consultora usa com um short branco por baixo. Para uma proposta mais chique, Mari usa acessórios de metal que trazem um ar de sofisticação e contemporaneidade e arremata com uma sandália de tiras de salto bloco, para deixar os pés de fora (o que ajuda na sensação de frescor, por ser uma extremidade do corpo).

Para sobreviver às altas temperaturas, a escolha acertada das peças de roupas se torna grande aliada da rotina. Sinônimos de leveza, conforto e praticidade, os vestidos estão saindo do armário e invadindo as composições de looks do dia a dia, seja para o trabalho, momentos de lazer e demais compromissos. O sol de setembro anuncia que a temporada primavera-verão vem aí e algumas dicas podem ajudar na hora de escolher o vestido ideal de acordo com o seu estilo e proposta.

“A gente costuma querer usar vestido de um único jeito, mas a verdade é que ele pode ser super versátil”, comenta a consultora de moda Mari Faria. Além de apostar em diferentes acessórios e sapatos para “mudar a cara” da peça, ela indica colocar uma blusa por baixo, para fazer sobreposição, ou por cima, transformando o vestido em saia.

Em relação ao tecido, é preciso atenção: alguns tipos podem “enganar” na aparência fluida e leve, resultando em uma escolha menos fresquinha do que parece. “Têm muitos vestidos que parecem frescos, mas que são feitos de fibras sintéticas, como poliéster. Infelizmente, essas fibras não permitem troca de calor entre corpo e tecido, e a chance de você ficar suada ou incomodada é enorme”, explica.

Ela indica tecidos de fibras naturais, como linho e algodão, ou que sejam provenientes de fibras naturais, como viscose e modal. “Se não for possível, que tenha pelo menos um desses tecidos em mais de 50% na composição da etiqueta”, ensina. Ainda considerando o calor, um vestido de alças vai muito bem, sejam elas finas, largas ou inteiriças.

Comprimento

Nem curto, nem longo. Ficando abaixo do joelho e podendo chegar até a canela, o vestido midi pode ter diferentes modelagens, tecidos, cores e estampas, resultando em uma proposta mais vintage ou moderna, mais clássica ou descolada. “É um comprimento super versátil, atual e contemporâneo. Você pode usar ele em qualquer lugar, a depender da proposta”, comenta Maristela Barbosa, consultora de moda e imagem.

Se a ideia é usá-lo à noite com uma pegada mais sensual, por exemplo, a peça pode conter uma leve transparência, decote ou fenda. Para o ambiente de trabalho, a opção por um tecido mais estruturado e sem textura pode funcionar melhor. “O vestido midi é atemporal. O importante é sempre procurar uma modelagem que valorize o corpo de cada mulher, de acordo com as particularidades dela”, indica.

Mais longos, fluidos e largos, os chamados breezy dress estão entre as tendências que marcaram presença nas vitrines, coleções e armários em 2020 e 2021. A palavra “breezy” em inglês significa algo como “com brisa, com vento”, ou que é “alegre”. A ideia-chave é o conforto, já que é uma peça mais solta e fresquinha. “O vestido longo remete a algo mais fluido. É preciso cuidado com o tipo e padronagem da estampa, mas temos de acabar com essa ideia de que vestido longo é só para locais despojados e não pode ser inserido no trabalho, por exemplo”, diz.

A consultora de moda Mari Faria considera o comprimento midi mais democrático que o mais longo, mas dá algumas dicas para alongar a silhueta no caso das mais baixinhas que podem ficar inseguras com o modelo. “Usar colares compridos, escolher modelagens com decote V e evitar estampas ou modelagens com muita informação horizontal, como listras ou babados, por exemplo. Usar sapatos nude, sandálias que mostram o peito do pé e evitar tiras no tornozelo”, diz.

Paleta de cores

O preto para os períodos de alta temperatura não é a melhor pedida, já que tecidos dessa cor costumam absorver o calor. Mari Faria acredita que cores neutras são sempre uma boa opção, já que dá para combinar o vestido com tudo sem medo. “Podem ser os neutros acromáticos (preto, branco, cinza, bege) ou neutros coloridos, que são cores que possuem um pouco de marrom ou cinza misturados a elas como azul-marinho, verde-militar, roxo-berinjela, rosé”, diz.

Já Maristela aposta no contrário. “Digo sempre que dá para sair dos neutros, principalmente do preto e do branco. A Pantone trouxe os tons apastelados, por exemplo, mas colocaria também combinações de cores como rosa com vermelho, rosa com roxo ou azul e laranja”, comenta. “Indico, ainda, o verde em tom um pouco mais fechado, o azul-royal, o laranja. Isso porque são cores universais, que combinam com a maioria dos tons de pele das brasileiras”, finaliza.

Diomício Gomes
Look tem como base a blusa amarela que parece vestido, mais short em alfaiataria branco. Nessa proposta, mais casual, a abertura da blusa fica para frente, para evidenciar o short. O acessório de elemento natural (corda) e com cor dá aquele ar mais despojado e criativo. Por fim, a combinação com o tênis traz a ideia de conforto.
Divulgação
Com a variação dos sapatos e acessórios, o vestido midi torna-se peça curinga no guarda-roupa. O calçado com o peito do pé à mostra alonga a silhueta e apresenta um corpo visualmente equilibrado.
Diomício Gomes
Modelagem que está nas tendências, o breezy dress é de fato bem fresquinho. Mari usa uma composição com scarpin preto, que é um sapato mais clássico, tiara acolchoada com bastante brilho e uma pulseira de metal colorida, que faz uma contraposição com a imagem mais despojada do vestido. Esses elementos deixam o look mais sofisticado e formal.
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