Gata do Daqui

Evelyn Bastos fala de venda de cargos em escolas: ‘Rainha de bateria é um merecimento’

Marcos Serra Lima

Aos 25 anos, Evelyn Bastos traça uma história de sucesso: à frente da bateria de sua escola do coração. Cria da Mangueira do Amanhã, Evelyn participou da série de ensaios do G1 “As escolas e suas cores”, posou para as lentes do fotógrafo Marcos Serra Lima e falou sobre a festividade.

“O carnaval é manifestação do povo, de gente humilde. É o único momento em que as pessoas vem que a cultura é do povo negro. Então, nada mais justo que a rainha de bateria, o mestre-sala, a porta-bandeira, mestre de bateria e as musas serem gente da gente (da comunidade). E o cargo de rainha de bateria é um cargo de merecimento, mas já ofereceram dinheiro pelo meu cargo. Só que a gente tem muita lealdade dentro da escola”, diz ela, que se vê como uma inspiração dentro da agremiação.

“As crianças da comunidade olham para uma artista à frente da bateria e na cabeça delas fica a mensagem de que elas nunca vão conseguir chegar lá. E eu inspiro isso nas meninas dentro da Mangueira, de que é possível”.

Já no quesito samba no pé, Evelyn é enfática. Tem que saber sambar. “A rainha vem apresentando a bateria. A gente é a representação de um ritmo. E a rainha precisa transportar as pessoas para o samba com o movimento do seu corpo. Rainha de bateria precisa sambar. É claro que tem todo um conjunto, com carisma que conquista as pessoas”, afirmou ela que é professora de educação física por formação e rainha de bateria da Mangueira desde 2014.

Marcos Serra Lima
Reprodução/Instagram
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