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Ônibus elétrico começa a operar no Eixo Anhanguera, em Goiânia, em 15 dias

Governo de Goiás
Ônibus elétrico que vai circular pelo Eixo Anhanguera

O ônibus elétrico de 23 metros de comprimento, primeiro da categoria superarticulado do mundo, que chegou em Goiânia na última semana, ainda vai passar por emplacamento e vistorias antes de ser colocado em operação no Eixo Anhanguera (Eixão). A expectativa do governo de Goiás é que necessite de cerca de 15 dias para que esses processos ocorram e então o usuário poderá se beneficiar do novo veículo, que conta com ar-condicionado.

Outro veículo do mesmo modelo, o D11A da BYD com carroceria Marcopolo, já está pronto e deve chegar na capital neste mesmo prazo. É que há apenas uma prancha de locomoção que suporta o veículo e, por isso, foi necessário que chegasse um por vez.

A promessa da montadora chinesa é que a bateria de 516 quiloWatt/hora (kWh) proporcione uma autonomia de 250 quilômetros (km) para o veículo, o que, em um dia normal de operação no Eixão, seria o suficiente para operar neste mesmo período. No entanto, será realizada uma operação piloto com todos os ônibus elétricos que chegarem, justamente para verificar como será a execução das viagens.

O subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte da Secretaria Geral de Governo (SGG), Miguel Ângelo Pricinote, explica que essa autonomia pode variar conforme o carregamento do veículo (quantidade de pessoas transportadas), temperatura da cidade e da via e, principalmente, relevo e condições da pista.

"A ideia, portanto, é verificar se em Goiânia essa autonomia de um carregamento da bateria vai se cumprir ou se será melhor ou pior. “Pode ser que na prática seja menor ou maior, por isso é necessário fazer esse projeto- piloto para que a gente possa fazer tudo com muito cuidado”, diz Pricinote.

Um dos pontos que modifica todo o planejamento é justamente a autonomia da bateria, já que a intenção inicial é ter apenas um ponto de carregamento dos ônibus elétricos, que seria na garagem da Metrobus, concessionária que opera no Eixão, localizada próxima ao Terminal Padre Pelágio.

A depender da quantidade de quilômetros que o ônibus operar com uma bateria cheia poderá ser necessária a criação de mais um ponto de carregamento, como no Terminal Novo Mundo, localizado na outra ponta da operação, com relação ao Terminal Padre Pelágio. Pricinote conta que atualmente, nos veículos movidos a diesel, a operação diária varia entre 170 km e 300 km, o que depende da quantidade de viagens realizadas, se os veículos operaram o dia todo ou se pararam nos entrepicos (períodos em que há menor demanda no sistema).

O projeto-piloto está previsto para durar por 60 dias e poderá chegar a até 90 dias, a depender da análise.

Um dos pontos citados por Pricinote, por exemplo, é com relação à baixada do Córrego Palmito, próximo ao Novo Mundo. “Ele vai conseguir passar, claro, mas não sabemos quanto de energia ele vai precisar para isso. Se para fazer aquele esforço ele gastar mais, pode ser que no final do dia não chegue nos 250 km prometidos pela montadora com uma bateria cheia. Como também a quantidade de pessoas. A gente não sabe se os usuários não vão preferir ele e ele ficar sempre lotado”, diz.

Esses dois ônibus são os primeiros dos 150 elétricos prometidos para o sistema, sendo 83 para o Eixão, que devem ser completados até o final deste ano, e 67 para o BRT Norte-Sul. A próxima leva deve ocorrer entre maio e junho, com 16 veículos, sendo mais quatro superarticulados, seis padron (12,5m). Os outros seis padron, de 15 m, vão para o BRT Norte-Sul.

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