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10 mitos e verdades sobre cirurgias plásticas que você precisa saber

Existem muitos mitos e verdades desconhecidas quando se trata de cirurgia plástica.

Modificado em 29/09/2024, 00:10

10 mitos e verdades sobre cirurgias plásticas que você precisa saber

(Reprodução/ Portal Dermatologia)

Existem muitos mitos e verdades desconhecidas quando se trata de cirurgia plástica. Pensando nisso, o Dr. Carlos Manfrim e a Dra. Heloise Dall'Ago, resolveram esclarecer alguns mitos e verdades quando se trata desse tipo de procedimento.

Prótese de silicone deve ser trocada a cada 10 anos?

Mito: As primeiras próteses de mama, que começaram a ser usadas na década de 80, eram de superfície lisa e com silicone líquido. Isso levava a um grau maior de complicações e distorções da prótese. Foi quando nasceu o conceito de que as próteses deveriam ser trocadas após um período determinado. Felizmente, os modelos e tipos de prótese evoluíram e não há mais número específico a respeito de quando você deverá trocar sua prótese.

O implante mamário impede o diagnóstico de câncer de mama?

Mito: Independente da posição da prótese (atrás ou na frente do músculo), o nódulo cancerígeno começa a se desenvolver na glândula mamária que independentemente está posicionada na frente do implante. Sendo assim, os exames serão capazes de identificá-lo, mesmo com a presença da prótese, não afetando em nada no diagnóstico.

Não é recomendável realizar uma lipoaspiração estando acima do peso?

Verdade: Como o intuito da lipoaspiração não é emagrecer, mas melhorar o contorno corporal, estar no peso ideal antes de realizar a cirurgia é aconselhável. Caso a paciente opte por operar, mesmo estando acima do peso, a mesma deve estar ciente de que o procedimento cirúrgico poderá não atingir o resultado esperado.

Abdominoplastia é capaz de amenizar as estrias?

Verdade: Apesar de não ser o foco da abdominoplastia, amenizar esses incômodos sinais acaba sendo uma consequência do procedimento, uma vez que toda região flácida (abaixo do umbigo) marcada também pelas estrias será eliminada.

Fazer musculação é suficiente para eliminar a flacidez do abdome?

Mito: A prática de exercícios físicos é capaz de eliminar a gordura corporal de uma pessoa, porém quem está acima do peso e passa por um processo de emagrecimento terá como consequência, justamente um excesso de pele. Ou seja, mesmo "magra", ela terá flacidez, somente possível de ser eliminada através da abdominoplastia.

Depois da lipo, a área aspirada não volta a ter o mesmo volume

Mito: Se o paciente ganhar peso, vai engordar em outras regiões do corpo e o volume das áreas aspiradas também poderá aumentar, isto porque nas áreas em que foram feitas as cirurgias de lipoaspiração, nem todas as células de gordura são retiradas, permanecendo uma pequena quantidade de adipócitos no local. Essas células de gordura remanescentes podem aumentar de tamanho com o aumento do peso, mas como estão em menor quantidade, o aspecto de engordar na região poderá ser mais discreto. Portanto, é importante entender que a lipoaspiração não emagrece para sempre ou substitui a dupla "alimentação saudável exercícios físicos", que devem continuar após a cirurgia.

Próteses de silicone não impedem a amamentação

Verdade: As próteses de mama ficam alojadas atrás da glândula mamária e não interferem na amamentação.

É necessário aguardar seis meses para ver o resultado final da cirurgia plástica

Verdade: O inchaço costuma regredir em até seis meses, quando se permite ver os novos contornos e formatos da região. A cicatriz avermelhada pode levar mais de um ano para clarear, indicando a conclusão do processo de cicatrização.

Qualquer pessoa pode ser submetida a cirurgias plásticas

Mito: Para ser considerado apto a uma cirurgia plástica é preciso estar bem do ponto de vista físico e psicológico. Por serem cirurgias eletivas, ou seja, programadas, sem caráter de urgência, devem acontecer sempre com o menor risco possível. Apenas o médico poderá avaliar o quadro do paciente e indicar ou não a realização da cirurgia plástica.

Mulheres que acabaram de ter filhos podem fazer cirurgia plástica

Mito: As mulheres que acabaram de ter filhos não devem ser submetidas a nenhuma cirurgia plástica. O corpo está numa fase de transição, repleto de hormônios da gravidez. O ideal é esperar pela completa recuperação do pós parto, e realizar qualquer procedimento cirúrgico após uma média de 6 meses depois do término da amamentação.

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Mulher que morreu após cirurgia plástica economizou e fez consórcio para procedimento que era o sonho dela, diz marido

Velório e sepultamento do corpo de Cristina aconteceram em um cemitério de Itaberaí, no noroeste de Goiás, nesta terça-feira (25)

Modificado em 27/03/2025, 10:49

Cristina Rocha da Silva tinha 46 anos (Reprodução/Rede social)

Cristina Rocha da Silva tinha 46 anos (Reprodução/Rede social)

O marido de Cristina Rocha da Silva, de 46 anos, que morreu após realizar cirurgias plásticas em um hospital de Goiânia, disse que a mulher havia economizado e feito um consórcio para realizar o procedimento. Em entrevista à TV Anhanguera, Diogo Domingos contou a cirurgia era o sonho da esposa.

Era o sonho dela fazer esse procedimento. Foram alguns anos juntando dinheirinho, fazendo consórcio, trabalhando e fazendo economia", disse.

O marido de Cristina contou também que tentou socorrer a esposa, e que o médico havia orientado ele a fazer massagem até a ambulância chegar.

Desesperador ver a esposa naquela situação. O médico orientou a fazer a massagem até a ambulância chegar, a gente tentou, e a ambulância chegou e tentou também. Já não tinha o que fazer", disse Domingos.

Entenda o caso

Segundo a polícia, Cristina Rocha havia realizado a cirurgia no último sábado (22), e na madrugada desta segunda-feira (25) a filha da chefe de serviços gerais a encontrou desacordada em sua casa.

O procedimento teria sido feito em um hospital localizado no Setor Universitário, em Goiânia. A reportagem entrou em contato por e-mail com o Hospital Goiânia Leste, onde o médico que realizou o procedimento trabalha, nesta quinta-feira (27), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Uma amiga e vizinha da vítima, Brenda Alves, contou ao g1 que Cristina recebeu alta hospitalar no domingo (23). Ao chegar em sua casa, reclamou de muitas dores no abdômen e falta de ar.

O velório e o sepultamento do corpo de Cristina aconteceram em um cemitério de Itaberaí, no noroeste de Goiás, nesta terça-feira (25).

Investigação

O delegado responsável pelo caso, Anderson Pimentel, está investigando se a causa da morte foi devido o procedimento cirúrgico realizado pelo médico Dagmar João Maester.

Eu estou preferindo evitar ainda chegar ao profissional médico, pelo seguinte, eu preciso ter informações para saber se a morte foi causada ou se ela tem uma correlação direta ou indireta com esse procedimento", disse o delegado.

A reportagem entrou em contato com o advogado do médico, Wendell do Carmo Sant' Ana, que disse em nota que por enquanto não se manifestará para falar sobre o caso.

Teve perícia na qual retrata a inexistência de culpa e nexo de causalidade entre a conduta médica e o óbito. No mais os processos estão em segredo de Justiça, por consequência não podemos prestar maiores informações", disse.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico."

Processos envolvendo Dagmar João

A reportagem entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) nesta terça-feira (25) a fim de obter informações em relação à tramitação dos processos envolvendo o médico em Goiás.

A assessoria de imprensa do TJ respondeu à reportagem que os processos estão correndo normalmente e que dois deles se encontram em segredo de justiça.

Já sobre a processo 5213761-73.2025.8.09.0051, ele teve início em 20/03/2025 no sistema Projudi", esclareceu o órgão.

Conforme o tribunal, na última quinta-feira (20), o processo foi distribuído para a juíza Lívia Vaz da Silva, da 6ª UPJ Varas Cíveis de Goiânia.

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Mulher de 46 anos morre após fazer cirurgias plásticas, em Goiânia, diz delegado

Segundo polícia, paciente morreu três dias depois de fazer procedimento em um hospital da capital. Médico ainda não é investigado sobre o caso, mas responde por outras mortes na Justiça

Modificado em 25/03/2025, 19:25

PC relatou que Cristina Rocha da Silva foi encontrada desacordada em sua casa pela filha

PC relatou que Cristina Rocha da Silva foi encontrada desacordada em sua casa pela filha (Reprodução/Redes Sociais)

Uma mulher de 46 anos morreu após fazer cirurgias plásticas em um hospital de Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), a chefe de serviços gerais Cristina Rocha da Silva, de 46 anos, foi encontrada pela filha desacordada em sua casa, na madrugada de segunda-feira (25).

O delegado Anderson Pimentel investiga se a causa da morte foi em decorrência do procedimento cirúrgico feito nela pelo médico Dagmar João Maester.

Eu estou preferindo evitar ainda chegar ao profissional médico, pelo seguinte, eu preciso ter informações para saber se a morte foi causada ou se ela tem uma correlação direta ou indireta com esse procedimento", disse o delegado.

Ao DAQUI , o advogado do médico, Wendell Santana, disse que por enquanto não se manifestará sobre o caso.

Em razão do sigilo médico não podemos, ao menos por agora, prestar maiores informações sobre os fatos em tela", respondeu a defesa do médico.

Quem é o médico acusado de morte e sequelas de pacientes após cirurgias plásticas em Goiás
Seis morreram após cirurgia feita por médico que é réu por morte de idosa
Médico vira réu após morte de paciente que fez cirurgia plástica 'sem condições clínicas', diz MP

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), por nota, informou que "não tem conhecimento" da morte da paciente atendida pelo médico Dagmar João Maester (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

O delegado acrescentou que nestes casos são realizadas perícias complementares para se confirmar a causa exata da morte. Se "foi efetivamente a parada cardiorrespiratória, se foi por outro fator endógeno, pré-existente, ou se foi causado por uma causa exógena, ou seja, externa e não inerente à vontade da vítima".

A Polícia Técnico-Científico Morte informou ao DAQUI que a causalidade da morte será esclarecida por exames de anatomopatológico e toxicológico. O prazo para o laudo cadavérico é de 10 dias.

"Exames estes a serem realizados pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica de Goiás", emendou a polícia.

Entenda

A polícia relatou que Cristina Rocha da Silva realizou a cirurgia plástica no sábado (22). O procedimento teria sido feito em um hospital localizado no Setor Universitário, em Goiânia. O nome da unidade não foi divulgado e, por isso, a reportagem não conseguiu um posicionamento sobre o caso.

Uma amiga e vizinha da vítima, Brenda Alves, contou ao g1 que Cristina recebeu alta hospitalar no domingo (23). Ao chegar em sua casa, reclamou de muitas dores no abdômen e falta de ar. Na segunda-feira, ela foi encontrada desacorda pela filha na casa dela.

O DAQUI entrou em contato com o Corpo de Bombeiros de Goiás (CBM-GO) para obter informações se uma equipe atendeu a ocorrência, o que foi negado. A corporação indicou que o atendimento foi feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A reportagem não conseguiu contato com o órgão.

Outros casos envolvendo o médico

Anderson Pimentel recordou que o cirurgião plástico Dagmar João Maester se tornou réu pela morte de uma idosa que fez uma mamoplastia, abdominoplastia e lipoescultura no Hospital Goiânia Leste, em Goiânia, em abril de 2023.

Sobre esse caso, em outubro do mesmo ano, a Justiça acatou uma denúncia contra ele. Maester foi acusado de negligência médica. Com a morte da idosa, ele foi investigado por suspeita de causar a morte de seis pacientes.

De acordo com as investigações, as mortes ocorreram em decorrência de intervenções clínicas em pacientes de Goiás, Maranhão e Distrito Federal. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

No caso da idosa, o laudo pericial indicou a causa da morte como "alterações biopatológicas relacionadas com procedimento cirúrgico", o que teria ocasionado um tromboembolismo pulmonar.

Demais mortes supostamente causadas pelo médico Dagmar João Maester:

  • Em fevereiro de 2022, a vereadora de Açailândia Robenha Maria Sousa Pereira, de 43 anos, morreu após ter feito abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital de Imperatriz (MA).
  • Em março de 2022, a assessora parlamentar Patriciana Nunes Barros, de 36, também morreu após passar por procedimentos cirúrgicos de abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas.
  • Em março de 2010, a servidora pública do Ministério das Cidades, Kelma Macedo Ferreira Gomes, de 33 anos, passou por uma lipoaspiração, implante de prótese de silicone nos seios e abdominoplastia, mas no dia seguinte teria passado muito mal.
  • Em 2001, outras duas pacientes também teriam sido vítimas após realizarem procedimentos estéticos em Goiás, com o mesmo médico.
  • Na época, o cirurgião chegou a ser suspenso por 30 dias do exercício profissional. Depois desse período, ele retomou as atividades.

    Íntegra da nota do Cremego (25/03/2025)

    O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) não tem conhecimento deste caso (morte da paciente). Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

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    3 mitos e 3 verdades sobre o leite de caixinha

    A maior acessibilidade à informação durante a Era Digital tem seus prós e contras devido à facilidade de propagação de desinformação.

    A era digital tem contribuído para a propagação de desinformação sobre os alimentos

    A era digital tem contribuído para a propagação de desinformação sobre os alimentos (Freepik)

    Ao mesmo tempo que nos trazem um universo quase que infinito de informações e conteúdos relevantes e construtivos, as redes sociais também são hoje a principal fonte de desinformação no mundo moderno. Esse fato ganha contornos ainda mais sérios se levarmos em conta os resultados de um estudo feito em 2023, pela Brazil Panels, uma das maiores agências de pesquisa de mercado no país, em parceria com a Vasques Marketing Digital, que revelou que mais de 90% da população brasileira considera as redes sociais fundamentais para o consumo de informações e notícias.

    Uma informação errada divulgada em larga escala pode gerar situações muito graves, especialmente quando dizem respeito a medicamentos e alimentos. No campo da alimentação, o leite, por exemplo, é uma das vítimas daquelas fake news que aparecem em nossas timelines com cara de notícia séria ou como um alerta para ajudar.

    De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) até o ano de 2023, o consumo de leite e seus derivados no Brasil era de 183 litros/habitante ao ano, acima da média mundial de 116 litros per capita/habitante ao ano. Com base em informações fornecidas por uma das mais tradicionais marcas de leite e derivados do Brasil, a Marajoara, cuja fábrica está localizada em Hidrolândia (GO), esclarecemos a seguir três mitos e três verdades sobre o leite.

    Leite de caixinha tem agentes cancerígenos MITO - O processo de envase do leite longa vida, o "leite de caixinha", é conhecido como UHT, uma abreviação do termo em inglês ultra-high temperature, ou seja: tratamento do leite com altas temperaturas. Esse procedimento é feito do seguinte modo: o leite in natura é recolhido dos produtores rurais e armazenado em tanques com isolamento térmico, revestido por chapas de alumínio que conservam a temperatura do alimento.

    Imediatamente após a chegada na indústria, uma amostra de cada caminhão é submetida à testagem de qualidade. Na fábrica da Marajoara, por exemplo, são realizadas 17 pesquisas no período de duas horas. Após esse processo, o alimento é direcionado para a sala de esterilização, onde, por meio de um processo de injeção de vapor, são eliminados os outros 15% das bactérias que permaneceram após a pasteurização. Nessa etapa, uma tubulação de vapor quente que chega a 150° C realiza a esterilização do leite por choque térmico, e logo em seguida, uma tubulação com água gelada recupera a temperatura de 26°C a 27°C do produto. Na sala de esterilização também acontece a homogeneização do leite com a regulagem do seu nível de acidez.

    Leite desnatado é leite integral com água MITO- O leite desnatado ou semidesnatado passam pelos mesmos processos de pasteurização e esterilização e também pelas mesmas regras rigorosas de controle de qualidade e sanitárias previstas em lei. De acordo com as explicações de Vinícius Junqueira, gerente de marketing da Marajoara, o que diferencia esses dois tipos de leite, do chamado leite integral, é a redução da quantidade de gordura.

    "O leite, em sua composição natural, já possui mais de 80% de água. Entre 12% e 13% de sua composição é de elementos sólidos como lipídios (gordura), carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas. Portanto, o leite desnatado ou semidesnatado, nada mais é do que um leite um percentual de gordura bem menor do que o leite chamado integral, e não um leite que recebe água", explica. Essa redução do teor de gordura acontece na sala de pasteurização, em que o leite passa pela centrífuga. Nesse maquinário acontece a regulagem do teor de lipídios, definindo se o leite será integral, semidesnatado ou desnatado.

    É necessário ferver o leite de caixinha antes de consumir MITO - Após a esterilização, homogeneização e envase em embalagem asséptica, hermética e sem contato com a luz, o leite está pronto para o consumo humano, sem a necessidade de ferver. Vinícius Junqueira, da Marajoara, destaca ainda que o uso do processo UHT e das embalagens longa vida representaram uma revolução em termos de segurança alimentar para o leite. Ele lembra que é graças a esse processo e ao uso de embalagens modernas que é possível a conservação do leite (lacrado na caixa) durar por 4 meses.

    Alergia é diferente de intolerância à lactose VERDADE - A alergia é uma reação do sistema imunológico da pessoa a determinados alimentos ou alguns de seus componentes. Para algumas pessoas o leite pode ser um deles alimentos alérgicos, e nessa situação o seu consumo deve ser totalmente restringido. Vale lembrar que os sintomas de alergia costumam ser bem mais intensos e graves do que a intolerância alimentar, que em geral se restringem a um desconforto intestinal.

    No caso da intolerância à lactose, trata-se, não de uma alergia, mas sim uma dificuldade maior de digerir esse açúcar existente no leite. Essa é uma reação que pode ou não ocorrer e varia de pessoa para para pessoa e pode ocorrer que intolerância, inclusive, não se manifeste numa determinada fase de vida, mas ocorra em outro momento. Isso ocorre porque há uma deficiência do organismo na produção da enzima lactase, responsável por sua digestão. Porém, hoje em dia, além de medicamentos que auxiliam na produção na digestão da lactose, a moderna indústria da alimentação já fabrica em larga o leite e derivados livres de lactose.

    Nossa capacidade de digerir a lactose muda quando ficamos um tempo sem tomar leite VERDADE - A lactose é digerida facilmente quando o organismo tem a enzima lactase. Porém, quando ficamos longos períodos (meses ou anos) sem consumir leite, o nosso corpo entende que não é preciso mais produzir essa enzima. Se voltamos a consumir o leite, há então um período de readaptação, que pode sim traduzir em algum desconforto intestinal, um sintoma típico da intolerância à lactose, conforme explica a nutricionista Yumi Kuramoto, que atende no centro clínico Órion Complex, em Goiânia,.

    Ela, inclusive, explica qual o papel que o leite ocupa no nosso esquema alimentar e na busca por nutrientes essenciais à vida. "O leite tem um papel importantíssimo na nossa rotina porque ele é nossa principal fonte de cálcio, além de ser rico em minerais, vitaminas, proteínas e lipídios. Ele deve ser consumido corretamente e regularmente, independentemente da faixa etária que a pessoa está", orienta a nutricionista.

    Considerando isso, a interrupção do consumo desse alimento incentivada por qualquer desinformação pode causar prejuízos à saúde. "Com muito tempo consumindo alimentos sem lactose, a pessoa sem intolerância a esse carboidrato abundante no leite deixa de produzir a enzima lactase, responsável pela catalização da lactose, e pode desenvolver a intolerância que antes não tinha", explica Yumi.

    Tomar leite depois de praticar exercícios físicos é uma boa opção VERDADE - Um estudo realizado na Inglaterra pela Universidade de Newcastle e publicado no Medicine and Science in Sports and Exercise revelou como positiva a eficiência do leite para ser consumido como pós-treino. É recomendada sua ingestão nos primeiros 30 minutos após o final da atividade. A mistura de proteína, carboidrato, água e micronutrientes presentes no leite tornam a bebida um isotônico para o pós exercício, visto que ele aumenta a síntese proteica muscular após as atividades, reidrata e contribui para a ressíntese do glicogênio e ameniza dores e perdas de funções musculares.

    IcEspecial

    Meu Bichinho

    4 mitos e verdades sobre os hábitos alimentares dos gatos

    O paladar exigente é apenas uma das peculiaridades dos felinos, que já correspondem a mais de 30 milhões dos pets brasileiros

    Modificado em 17/09/2024, 17:29

    Gatos não costumam aceitar a ingestão de comprimidos, mas podem se adaptar facilmente com medicamentos manipulados em formas úmidas, como molhos e pastas orais

    Gatos não costumam aceitar a ingestão de comprimidos, mas podem se adaptar facilmente com medicamentos manipulados em formas úmidas, como molhos e pastas orais (Gustavo Araújo)

    Com hábitos alimentares próprios e paladares um tanto sofisticados, os gatos ganham fama e incontáveis memes na internet. Quem nunca viu uma publicação de um gato reclamando que está passando fome em frente ao comedouro cheio, por exemplo? Embora seja divertido rir desses comportamentos, compreender as peculiaridades da espécie facilita a vida do tutor e colabora com a qualidade de vida dos bichanos.

    A médica-veterinária e consultora da DrogaVET, Farah de Andrade, revela alguns mitos e verdades sobre os felinos.

    Os felinos são carnívoros -- VERDADE
    Assim como os felinos de grande porte (tigres, onças, entre outros), os gatos domésticos também são carnívoros obrigatórios, o que significa que sua dieta natural é composta principalmente de carne. Na natureza, a ingestão de folhas, grãos e vegetais é feita em menor proporção e por meio dos alimentos contidos no estômago das presas. Por isso, a alimentação natural e as rações incluem também legumes, verduras e até mesmo carboidratos, em menor proporção.

    Algumas características do organismo dos gatos são exclusivas de carnívoros, como ter menos dentes molares e pré-molares, se comparados aos cães, e dentes caninos maiores para perfurar e rasgar a carne das presas. O sistema digestório é mais simples, pois há baixa ingestão de fibras e carboidratos, tendo o estômago menor e o intestino mais curto que outras espécies. Além disso, o gato não possui a enzima que dá início à digestão dos carboidratos na boca, a amilase salivar.

    Os gatos não sentem o sabor doce - VERDADE
    Outra característica curiosa é não conseguirem detectar o sabor doce devido à ausência de um receptor específico e ao número de papilas gustativas reduzidas, cerca de 500, enquanto os humanos possuem mais de 9 mil. No entanto, os sabores amargo, salgado e ácido são percebidos pelos felinos.

    Embora o paladar não seja como o nosso, o olfato é o sentido mais utilizado: os gatos têm três vezes mais células olfativas do que os humanos. Por isso, a alimentação deve ser bem cheirosa e a interferência de outros odores junto aos comedouros deve ser evitada, como o uso de produtos de limpeza e essências para o ambiente.

    Os bichanos são seletivos para comer porque são mimados -- MITO
    O que parece frescura, na verdade é o instinto de proteção dos felinos. A ração que fica exposta por muito tempo perde o frescor, o odor e pode até proliferar microrganismos, o que é interpretado pelo gato como um alerta de perigo. Além disso, eles não gostam de encostar os bigodes nos potes e podem se recusar a comer os grãos de ração que ficam nos cantos.

    A veterinária lembra também que o ideal é disponibilizar a alimentação mais vezes ao dia e na quantidade necessária para o período. Os gatos preferem fazer várias pequenas refeições, em vez de consumir grandes quantidades de uma só vez, assim como seus ancestrais selvagens, que capturavam pequenas presas diversas vezes ao dia.

    Considerando ainda a ancestralidade, a preferência por alimentos úmidos e suaves vem da semelhança com carne fresca. "Esse fator também pode ser considerado quando o gato precisa de um tratamento. Eles não costumam aceitar a ingestão de comprimidos, mas podem se adaptar facilmente com medicamentos manipulados em formas úmidas, como molhos e pastas orais, e se sentirem atraídos pelos flavorizantes de peixe, frango, carne e queijo, por exemplo", ressalta a veterinária. A DrogaVET é pioneira em manipulação veterinária, oferecendo cerca de 20 formas farmacêuticas e 30 flavorizantes que facilitam a adesão ao tratamento de diversas espécies.

    Os hábitos alimentares adquiridos nos primeiros 6 meses de vida também influenciam as escolhas quando adultos. Se experimentarem texturas e sabores variados quando filhotes, se adaptarão mais facilmente a dietas diversificadas.

    Os gatos preferem o sabor de peixe - MITO
    A clássica cena dos desenhos animados com gatos enfeitiçados pelo sabor de peixe não é tão verdadeira. Na natureza, os felinos caçam mais aves e roedores. Por isso, rações e alimentação natural com carne bovina, de cordeiro e, especialmente, frango costumam fazer muito sucesso.

    "Devemos observar o apetite do pet com a ração ou alimentação. Se ele não parecer tão motivado ao se alimentar é importante testar um novo sabor, lembrando que a troca de ração deve ser gradativa para não afetar o sistema digestório do animal. Além disso, gatos não devem ficar longos períodos sem se alimentar. Então, nada de experimentar deixar o gato sem comer na tentativa de que ele aceite o sabor disponível", alerta Farah.

    A veterinária também revela que na rotina da farmácia o sabor frango é o mais pedido, seguido por salmão e atum. "Conhecer o paladar e o que estimula o olfato do pet é crucial, não somente para a dieta do animal, mas também para quando ele precisa de um tratamento".

    Além das peculiaridades alimentares dos bichanos, é importante considerar os cuidados com a higiene para garantir a aceitação dos alimentos e a saúde do pet. É recomendável manter um local fixo para os comedouros, sempre longe da caixa de areia, e lavá-los após a alimentação para evitar a proliferação de microrganismos.