Geral

2024 é o pior ano da dengue desde o início dos registros em Goiás, diz SES

Reprodução/Pixabay
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças

ILDEU IUSSEF

Goiás já registrou 53.686 casos confirmados de dengue e teve 49 mortes confirmadas pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) nesta quinta-feira (15).  

De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, 2024 pode ser considerado o pior ano para dengue desde o início dos registros em Goiás. 

2024 está se configurando, até o momento, como o pior ano para a epidemia de dengue no estado de Goiás desde o início dos registros. Até o momento, já temos registrados mais de 116 mil casos, sendo que o pior ano até então era 2022 e que nesse mesmo período tinha aproximadamente 96 mil casos confirmados”, analisa.   

Em 2023, Goiás teve 54 mortes confirmadas por dengue. Neste ano, 49 mortes causadas pela doença já foram confirmadas e isso acende o alerta das autoridades.  

“A cada semana, estamos vendo essa doença avançando e isso não deve significar, necessariamente, o aumento do número de mortes. O que a gente precisa é fazer com que o avanço dós óbitos não aconteça na mesa velocidade do aumento dos casos”, afirma.

“O avanço dos casos temos a capacidade da prevenção que é eliminar o criadouro (de mosquito). Então, nós temos duas frentes importantíssimas nesse momento: retirar criadouro e diminuir a infestação do mosquito”, conclui a Superintendente de Vigilância em Saúde.

As alterações climáticas provocadas pelo fenômeno conhecido como El Niño contribuem para infestações por Aedes Aegypti e para o aumento do número de casos de dengue registrado em Goiás. Isso porque a combinação de altas temperaturas e chuvas intermitentes é a receita perfeita para a proliferação do mosquito. 

Notícias do clima já preveem um El Niño um pouco mais prolongado e isso pode significar um prolongamento dos índices de infestação e transmissão da dengue. Historicamente no estado de Goiás temos um período de pico (dos casos da doença) entre fevereiro e março. Então, vai depender do clima, da temperatura, se as chuvas vão se prolongar nesse ano”, disse Flúvia. 

Em Goiás, segundo dados da SES-GO, 139 dos 246 municípios estão em situação de emergência em relação à dengue e, até o momento, nenhum município saiu do estado de emergência. Como estratégia no combate as arboviroses, 194 municípios criaram um Gabinete de Crise.

Vacinação 

Segundo a SES-GO, até o momento já foram aplicadas 56.185 doses da vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Um índice de 35,4% de taxa de imunização contra a doença.

A vacinação não está dentro do esperado. A gente gostaria e esperava que 50%, 60% dessa população já estivesse vacinada, até porque na rede privada já havia acabado as doses. Então, quero alertar toda a população de que a vacina é segura. Vocês não precisam ter medo de levar os seus filhos para vacinarem. A vacina é segura, eficaz e esses adolescentes estarão protegidos”, enfatizou a Superintendente de Vigilância em Saúde.

Ao todo, conforme a SES-GO, 158.505 doses de vacina foram enviadas para Goiás pelo Ministério da Saúde. Ao todo, 134 municípios, de nove regionais de saúde, foram abastecidos com os imunizantes. 

Prevenção

“É importantíssimo que cada cidadão entenda o seu papel e verifique se há algum criadouro no seu quintal. É uma lógica, se eu evito que o mosquito nasça, vai diminuir a quantidade de mosquito voando. Se eu tenho menos mosquito voando, vou ter menos chance de transmitir o vírus que está no mosquito”, alerta Flúvia Amorim. 

Comentários
Os comentários publicados aqui não representam a opinião do jornal e são de total responsabilidade de seus autores.
ANUNCIE AQUI