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“A gente está vivendo um filme de terror”, diz dono de propriedade na região onde Lázaro está solto

Fábio Lima/ O Popular
A fazenda de Flávio fica no distrito de Girassol, mesmo local em que a Secretaria de Segurança de Goiás montou sua base para coordenar as buscas

A rotina na fazenda do empresário Flávio Fernandes de Araújo, de 51 anos, mudou completamente desde que a região da propriedade se tornou o esconderijo de Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, suspeito de matar uma família em Ceilândia, Distrito Federal. Funcionários da fazenda se negam a ir trabalhar, com medo de se depararem com o fugitivo da polícia e animais correm risco abandonados. Nesta quinta-feira (17) completou-se 9 dias em que forças de segurança de Goiás e DF procuram pelo matador Lázaro Barbosa, na zona rural de Cocalzinho de Goiás. 

A fazenda de Flávio fica no distrito de Girassol, mesmo local em que a Secretaria de Segurança de Goiás (SSP-GO) montou sua base para coordenar as buscas. “A gente está vivendo um filme de terror. Tivemos que abandonar nossas propriedades”, relata. A propriedade do empresário possui porcos, cavalos, bovinos e aves. Todos os quatro funcionários decidiram não ficar mais no local por temor, segundo Flávio. 

“Atividades como tirar leite e campear o gado não está fazendo mais. Os cavalos ficam presos na baia. O rapaz vai correndo, coloca ração e vaza. Se uma vaca tiver bezerro, não vai achar. Não está tirando leite. Tinha uma porteira aberta que divide um pasto. E se o gado fugir?”, resume o empresário, que reivindica que o problema seja logo solucionado. 

Ele mora em Brasília e veio para Girassol nesta quinta, mas não quis correr o risco de ir até a propriedade, que fica 8 km da área urbana do distrito. A fazenda é cortada pelo mesmo córrego que a alguns quilômetros acima foi cenário de um tiroteio entre a polícia e Lázaro, com três pessoas da mesma família feitos de reféns em Goiás, na tarde da última terça. De acordo com militares envolvidos nas buscas, o suspeito caminha em cursos d’água, o que amplifica o medo da fazenda de Flávio ser alvo do criminoso. 

O empresário diz que colegas fazendeiros chegam a dizer que querem vender suas propriedades. Ele diz temer pela vida econômica da região, caso demore mais dias para localizar e prender Lázaro. Diversos setores estão sendo impactados. Flavio cita como exemplo veterinário que não pode ir até a fazenda fazer exames em animais ou qualquer outro tipo de serviço na zona rural.

Fábio Lima/ O Popular
Policiais reunidos no posto de comando instalado em Girassol
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