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Abuso de álcool cresce entre mulheres, mas é mais comum entre homens

Reprodução

O Ministério da Saúde considera uso abusivo de álcool a ingestão de quatro ou mais doses entre as mulheres e cinco ou mais doses entre os homens em uma mesma ocasião nos últimos 30 dias. O que a pesquisa mais recente sobre o assunto divulgada nesta quinta-feira, 25, mostra é que o uso abusivo cresceu mais entre as mulheres, mas esse comportamento permanece sendo mais comum entre os homens. 

Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018. A pesquisa mostra que, em 2006, 7,7% das mulheres fizeram uso abusivo da substância. No estudo, uma dose de bebida alcoólica corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça, whisky ou qualquer outra bebida alcoólica destilada. No ano passado, o porcentual chegou a 11% dessa parcela da população, crescimento de 3,3 pontos percentuais. 

Entre os homens, a porcentagem passou de 24,8% há 12 anos para 26% na pesquisa mais recente, indicando que, apesar de ter subido em um ritmo mais lento (1,1 ponto percentual), eles ainda fazem uso proporcional mais problemático de álcool. Somados, os dados totais mostram que 17,9% da população adulta do Brasil faz uso abusivo da bebida. 

Os dados mostram também que o uso abusivo entre os homens é mais frequente na faixa etária de 25 a 34 anos (34,2%) e entre as mulheres nas idades de 18 a 24 anos (18%). O menor percentual entre os homens e mulheres foram observados em pessoas com 65 anos ou mais, sendo 7,2% entre homens e 2% em mulheres. “O percentual de consumo abusivo entre os brasileiros tende a diminuir com o avanço da idade, em ambos os sexos”, informou o ministério.

A pasta destacou que o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica pode trazer danos imediatos à saúde ou a médio e longo prazo. O governo federal lembra que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe volume seguro de álcool a ser consumido, “porque ele é tóxico para o organismo humano e pode provocar doenças mentais, diversos cânceres, problemas hepático, como a cirrose, alterações cardiovasculares, com risco de enfarte e acidente vascular cerebral e a diminuição de imunidade”. 

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