Apesar da decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) proferida na tarde de terça-feira (5), os profissionais das forças de segurança de Goiás seguiram sendo vacinados ao longo de quarta (6).A liminar ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e deferida pelo ministro Edson Fachin aponta que vacinar toda a categoria, como está sendo feito no Estado, desobedece as previsões do Plano Nacional de Vacinação (PNI).Próximo das 15 horas, uma fila de carros com cerca de 1,5 quilômetro rodeava a Acadêmica da Polícia Militar, no Setor Universitário, em Goiânia, onde o grupo recebe a vacina.Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), o governo ainda não foi intimado da decisão e por isso mantém a vacinação de todos os profissionais da segurança. A SSP destaca que, quando for intimado, o governo “irá se manifestar nos autos”.Pela determinação estadual, a cada lote de vacinas, 5% são destinadas às forças de segurança. O MP-GO defende que também a categoria deve ser vacinada de acordo com o PNI.Ação do MP acatada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) no início de abril chegou a suspender a imunização do grupo, mas a vacinação foi retomada quando o TJGO acolheu pedido do governo e suspendeu a determinação.Sem a notificação da liminar, estão sendo vacinados profissionais das polícias Militar, Civil e Federal, Corpo de Bombeiros, além de policiais do sistema penitenciário e rodoviários federais, de todas as idades.Até a última atualização, 16.049 dos cerca de 32 mil profissionais receberam as vacinas referentes à primeira e outros 4.352 referentes à segunda.Segundo o MP, a questão já havia sido discutida pelo STF, que concluiu ser dever da União determinar a preferência entre os grupos. A liminar de Fachin ainda será analisada pelos outros membros do Supremo.