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Adolescente é apreendida por ter ajudado a matar Ariane Bárbara, em Goiânia

Reprodução
Assassinos mataram Ariane para testar se eram psicopatas. Laudo diz que não

Uma adolescente de 16 anos foi apreendida nesta quinta-feira (16) e levada para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), em Goiânia. Ela é suspeita de ter ajudado a planejar e matar Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, para tentar 'confirmar a psicopatia' de uma das amigas envolvidas no crime. Além dela, outras três pessoas maiores de idade foram presas.

O corpo de Ariane foi encontrado no dia 30 de agosto no Setor Jaó, em Goiânia, com sinais de facadas. Segundo as investigações, os envolvidos eram colegas da vítima, e teriam escolhido Ariane por conta do seu porte físico para comprovar se um deles seria psicopata. A jovem estava desaparecida desde o dia 24 de agosto, após sair de casa e dizer para a mãe que iria encontrar com amigas. Segundo a equipe de identificação, a vítima foi encontrada já em estado avançado de decomposição. 

O delegado Marcos de Oliveira Gomes, responsável pelo caso, confirmou ao DAQUI a apreensão da adolescente de 16 anos, mas que há dúvidas se foi ela quem planejou todo o crime ou se foi a mulher que, segundo os colegas, teria traços de psicopatia. Há ainda a hipótese de que a adolescente teria esfaqueado Ariane dentro do carro junto com os demais envolvidos.

Crime

As diligências apontaram que Ariane foi vista em um veículo logo após enviar áudio em um aplicativo de mensagens para a família, dizendo que algumas amigas haviam chamado para ir até o Setor Jaó lanchar. O carro foi identificado, e a apuração da polícia mostrou que se tratava do mesmo veículo que teria deixado o corpo da jovem já sem vida no mesmo setor de Goiânia. A partir disso, os investigadores chegaram até um dos autores, que confessou o crime.

Em seguida, a polícia chegou até as outras duas pessoas suspeitas, que também confessaram envolvimento no homicídio. Uma delas teria sido a responsável por enforcar a vítima e outra por esfaqueá-la. Após os depoimentos, a investigação concluiu que a vítima foi escolhida de forma aleatória. Os autores teriam feito uma lista de pessoas que poderiam ser mortas por eles, e Ariane foi escolhida em virtude da estrutura física, “o que facilitaria a conclusão do crime em caso de uma possível reação da vítima”, explicou o delegado.

Os suspeitos disseram à polícia que mataram Ariane ainda dentro do carro. Informaram ainda que, no momento da morte, tocariam uma música escolhida pelo grupo e um deles daria o sinal para iniciarem o crime. Em seguida, foram em direção ao Setor Jaó, onde retiram o corpo da vítima e jogaram em um terreno baldio. No local, dois dos autores - que se apresentam como satanistas – ajoelharam-se ao lado do corpo, como se estivessem em um verdadeiro ritual, e por ali ficaram por aproximadamente dez minutos.

Conforme relatou o delegado Marcos Gomes, responsável pelo caso, uma das suspeitas do crime alegou que saberia se tem o transtorno de personalidade (psicopatia) após matar alguma pessoa, analisando a própria reação após o fato. “A investigada não apresentou nenhum tipo de arrependimento após a morte da vítima”, pontuou o investigador.

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