Uma advogada é procurada por suspeita de escrever recados em seu corpo e levar as informações para os presos. A Polícia Federal (PF) informou que a operação batizada de 'Columbia Livia' foi deflagrada nesta quarta-feira (31) em cinco municípios goianos. Como o nome da suspeita não foi divulgado, a reportagem não conseguiu contato com a defesa.Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) informou que foi comunicada, que está acompanhando a operação e que designou o presidente da Comissão de Prerrogativas da subseção de Anápolis, José Ricardo, para acompanhar o caso.De acordo com a PF, as investigações começaram em março deste ano e apuraram que uma advogada repassava mensagens de fora da cadeia para os presos. Para conseguir transmitir as informações a investigada escrevia bilhetes e cartas no próprio corpo. A identidade da advogada não foi divulgada, ela está foragida.Dessa forma, de acordo com a polícia, ela conseguia transmitir e receber recados com anotações de ações criminosas, como dívidas de presos que respondem por tráfico de drogas, negociações de quantidade de drogas de presos com pessoas em liberdade e ocultação de patrimônio, por exemplo.Ao todo, foram cumpridos 14 mandados, quatro de prisão preventiva, três de prisão temporária e outros sete de busca e apreensão nas cidades de Trindade, Águas Lindas de Goiás, Anápolis, Senador Canedo e Goiânia. Além de um sequestro de imóvel avaliado em R$ 1,5 milhão.Nota na íntegra da OAB-GO"A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) informa que foi comunicada oficialmente e está acompanhando a operação Columbia Livia, deflagrada na manhã desta quarta-feira (31). A operação tem como objetivo reprimir atos ilícitos envolvendo indivíduos atualmente privados de liberdade, que contavam com suporte externo, sendo investigado se incluía a atuação de uma advogada.Para garantir a observância dos direitos e prerrogativas profissionais, a OAB-GO designou o presidente da Comissão de Prerrogativas da subseção de Anápolis, José Ricardo, para acompanhar as diligências relacionadas ao caso.A OAB-GO continuará monitorando a situação e adotando todas as medidas necessárias para assegurar que os princípios de justiça e legalidade sejam respeitados."