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Amauri Ribeiro admite financiamento de acampamentos golpistas: 'Mande me prender'

Hellenn Reis / Alego
Deputado estadual Amauri Ribeiro (UB): "Eu também deveria estar preso, eu ajudei a bancar quem estava lá"

O deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) confessou ter financiado acampamentos golpistas, formados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), montados em frente a quartéis como forma de questionar o processo eleitoral e a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. A fala foi na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na terça-feira (6), em meio a uma discussão com o deputado Mauro Rubem (PT).

"Eu também deveria estar preso, eu ajudei a bancar quem estava lá", disse, batendo no peito, e continuou: "Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta porque sou patriota. O dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação."

Em janeiro, após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, realizados em Brasília, as pessoas que estavam acampadas em frente a quartéis pedindo intervenção militar foram presas. Nesta terça, Ribeiro defendia a soltura dessas pessoas, alegando que só deveriam estar detidas aquelas que praticaram atos de vandalismo nas sedes dos três poderes na capital federal.

O embate com Mauro Rubem se deu em meio a questionamentos ao deputado do PT por ações que ele moveu contra a Televisão Brasil Central (TBC), com a alegação de que a emissora promove desinformação e dá espaço para falas golpistas.

Ribeiro, então, citou a prisão do coronel da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) Benito Franco, preso em abril pela Polícia Federal (PF) em uma operação que investiga atos golpistas. "A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada", disse.

Foi aí que começou a falar das detenções dos apoiadores do ex-presidente que estavam em acampamentos com lemas golpistas e questionar Rubem, que argumentava a defesa da democracia. Nesse momento, Ribeiro admitiu a participação nas mobilizações e, ainda, o financiamento. Também estão na mira da PF quem financiou esses atos.

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