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Assembleia do Sintego aprova estado de greve dos servidores da educação municipal de Goiânia

Diomício Gomes/O Popular
Assembleia do Sintego, no Cepal do Setor Sul. Os servidores da Educação reivindicavam o cumprimento integral dos 33,24% de atualização do piso dos professores,

Em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), os servidores municipais da Educação de Goiânia aprovaram estado de greve, com nova assembleia marcada para a próxima terça-feira (15), quando pode começar a greve. A decisão foi tomada em votação, realizada em encontro, no Centro Popular de Abastecimento e Lazer (Cepal), no Setor Sul, nesta quinta-feira (10).

Os servidores da Educação reivindicavam o cumprimento integral dos 33,24% de atualização do piso dos professores, anunciados pelo governo federal em janeiro e  maiores porcentuais da data-base dos administrativos, que está atrasada desde 2020.

A categoria havia rejeitado a proposta do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), de pagar 7,5% de reajuste no piso e 9,3% para os administrativos, referente ao período de 2020 a 2022.

Com isso, na sexta-feira (4), foi aprovado um indicativo de greve para está quinta (10).

Na quarta-feira (9), a direção do Sintego se reuniu mais uma vez com o secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, para tentar chegar a um novo acordo.

O titular, porém, disse que dependia de aval da Secretaria de Finanças para nova negocioção. Por fim, a proposta, anunciada por Bia, nesta quinta, foi de que fosse pago neste mês a data-base de 9,3% dos administrativos, com abertura para novas negociações. Segundo a líder sindical, o SindiGoiânia já aceitou a proposta e, portanto, não teria o que o Sintego fazer agora.

Além disso, o secretário propôs o pagamento de 9,3% de reajuste do piso dos professores, igualando ao índice da data-base dos administrativos. Ou seja, menos de dois pontos porcentuais a mais do que foi apresentado inicialmente.

A direção do Sintego adiantou à Prefeitura que a categoria não aceitaria a segunda proposta, já que se espera por um piso de 33,24%. Enquanto os servidores na assembleia pediam por greve, Bia propôs que fosse aprovado um estado de greve, com uma nova assembleia marcada para o dia 15. 

Segundo ela, a ideia seria dar mais tempo para novas negociações e para que a Prefeitura apresentasse uma nova proposta. Caso a categoria continue insatisfeita, na terça-feira (15), os servidores finalmente votariam o início da greve, com manifestação prevista para o dia 16, quando haverá mobilização nacional pelo piso do magistério. 

"Não se faz greve sem apoio da sociedade. Eu propus o estado de greve para você avisar os alunos que terça-feira vai ter greve", declarou Bia.

Funcionários administrativos também falaram durante a assembleia e discursaram contra a greve, já que o interesse da categoria não seria reivindicado, considerando que, para eles, seria mantida a data-base de 9,3%. "Não dá pra decretar greve tendo professor com 33% e administrativos com menos", declarou a professora Nubia de Cássia, uma das servidoras presentes. 

Também na manhã desta quinta-feira, o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), que age independente do Sintego, realizou manifestação com a mesma pauta na Câmara Municipal de Goiânia.

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