Geral

Aumento de algas no Jardim Botânico é analisado pela Amma

Fábio Lima
Proliferação de algas no lago preocupa moradores e visitantes

O cenário no Jardim Botânico, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, já não é mais o mesmo. Algas estão tomando conta dos lagos e já chamam a atenção de quem faz caminhadas e passeios no parque. A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) informou que monitora a água com frequência e que não foi identificado despejo de esgoto clandestino, mas que novas análises estão sendo realizadas para verificar se alguma empresa ou residência próxima descartou algum material de maneira irregular. A multa para este tipo de infração pode chegar a R$ 50 milhões.

A bióloga da Amma, Wanessa de Castro, explica que a pasta mantém equipes de monitoramento dos lagos e que o avanço das algas foi identificado no Jardim Botânico e no Parque das Flores, na região noroeste.

“Fazemos a análise em todos os parques com frequência e nesses dois, onde tivemos esse avanço de algas, ainda não foi identificado despejo de esgoto e acreditamos que a proliferação foi causada pelo excesso de material orgânico que os lagos apresentam após o período chuvoso.” Ela explica que esse tipo de alga “se alimenta dos organismos que vivem na sujeira da água.”

Diminui oxigenação

Wanessa Castro diz que o maior risco com o avanço das algas é a redução da oxigenação das águas, o que pode prejudicar a vida dos peixes e dos outros animais e plantas do parque. Mesmo sem a identificação da causa do aumento, a bióloga diz que a Amma vai providenciar a retirada do material do lago. A retirada é feita de maneira manual.

“Só a retirada já resolve o problema se a causa da proliferação for apenas o aumento da matéria orgânica por conta do período chuvoso. Vamos retirando o que tem e, assim que tivermos certeza da causa, atuar para impedir o avanço.”

Apesar de não oferecerem risco para pessoas ou animais, a bióloga explica que é importante monitorar os lagos. “Temos equipes com biólogos que fazem esse acompanhamento periódico. Recebemos os contatos da população, mas temos esse trabalho frequente.” Com o início da estiagem, ela diz que é comum observar o aparecimento das algas.

“Já é esperado porque quando o nível da água diminui e temos muito material orgânico, as algas aparecem.” Como os lagos do Jardim Botânico ficam em área rebaixada, a enxurrada traz todo tipo de restos orgânicos ou não.

Fábio Lima
Algas praticamente cobrem a água do lago, metamorfoseando a paisagem
Arquivo Pessoal/Anderson Costa
Algas no lago do Jardim Botânico
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