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Bancário é preso suspeito de desviar dinheiro de correntista e gastar com itens de luxo

Divulgação/PC
Imagem de câmera de segurança mostra o suspeito fazendo compras com o cartão da vítima

Um bancário foi preso nesta segunda-feira (17) por suspeita de desviar cerca de R$ 200 mil de uma correntista para comprar itens de luxo e gastar em restaurantes. Segundo a Polícia Civil (PC), o bancário se beneficiou do cargo para ter acesso à conta. O nome do suspeito não foi divulgado, por isso não foi possível localizar a defesa. 

De acordo com as investigações, a vítima morava no exterior e enviava o dinheiro para uma conta no Brasil. O funcionário do banco chegou a fazer vários saques e compras no cartão de débito da correntista.

Thiago Carvalho Santos, delegado que está com o caso, explicou que o investigado começou a fazer saques na conta da vítima em março de 2023 quando trabalhava no banco de Aruanã. Em um mês ele chegou a sacar mais de R$ 25 mil da conta bancária da vítima.

"Quando ele viu que os saques não estavam dando problema, ele começou a utilizar o cartão de débito da vítima em lojas que vendem relógio, óculos, jóias e em diversos restaurantes de alto padrão", disse o delegado.

Imagens disponibilizadas pela PC mostram o suspeito dentro de lojas fazendo compras e pagando algumas delas com dinheiro em espécie. Segundo a polícia, em apenas um dia o investigado gastou aproximadamente R$ 1,8 mil da vítima entre compras em lojas de marca renomadas e restaurantes luxuosos.

Ainda segundo Thiago, a correntista ficou fora do Brasil por dez anos e nunca desconfiou dos desvios porque não tinha acesso à conta. Só depois de retornar ao país na semana passada viu que o valor estava muito abaixo do que deveria, e procurou a polícia.

"Quando ela voltou do exterior e verificou o extrato dessa conta viu que tinha em torno da metade do que deveria", explicou Thiago.

Nas investigações a polícia concluiu que o principal suspeito era um ex-gerente de Aruanã que atualmente trabalha no mesmo banco, mas na cidade de Goianira. Nem a vítima e nem o banco sabiam dos desvios até que as investigações começaram, disse o delegado.

"A vítima é uma pessoa muito humilde, fazia trabalho braçal e não possui nem as digitais. Quando chegou no Brasil que ela teve acesso à conta. No exterior ela só depositava o dinheiro que ganhava", explicou o delegado.

O suspeito foi preso de forma preventiva e vai aguardar audiência de custódia. A polícia explicou que as investigações devem continuar para tentar identificar se há outras vítimas, e se outros suspeitos participaram desses desvios.

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