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BBB: ex-participantes dividem opiniões sobre estadia no Quarto Branco

Reprodução de 'Big Brother Brasil' (2009) / Globo
Quarto Branco do 'BBB 9'

O Quarto Branco está de volta ao Big Brother Brasil. O retorno do cômodo, que já havia sido anunciado por Boninho há algum tempo, foi confirmado por Tiago Leifert no BBB 20 desta quinta-feira, 5.

O E+ conversou com Leonardo Jancu, Ralf Krause e Newton Siqueira, o Tom, participantes da 1ª edição do Quarto Branco, no BBB 9, e com Cacau Colucci, Angélica Morango e Serginho Orgastic, que estiveram na edição mais recente do cômodo, em 2010.

Leo, o único que apertou o botão vermelho, que faz com que o participante seja automaticamente eliminado do programa, relembra que "bateu um arrependimento" após sua saída, e tem outra opinião hoje.

"Não acho que o Quarto Branco seja uma tortura do tamanho que pintam por aí. Com certeza, dá para ficar lá dentro e tirar de letra", analisa em 2020.

Seu colega de BBB 9, Ralf, vai por outra linha: "Acho o Quarto Branco perigoso para a saúde mental dos participantes".

Serginho, que teve o azar de entrar no quarto branco no mesmo dia em que ficou com uma dor nas costas, relembra as fortes luzes brancas que nunca são desligadas como uma das principais dificuldades.

"Lembra aqueles quartos de manicômio que a gente vê em filme [...]. Teve vezes que cheguei a chorar, não de soluçar, mas cair algumas lágrimas debaixo do cobertor", conta.

Para alguns, passar pelo Quarto Branco pode ser inclusive mais fácil do que uma conhecida etapa antes do programa: "Acho que o pré-confinamento é pior, porque você está sozinho e não tem com quem conversar", opina Cacau.

Já Morango, que levou dois amigos para o cômodo, acredita que "nenhum momento foi desgastante ou estressante demais."

Confira abaixo algumas opiniões de ex-participantes do Big Brother Brasil que já passaram pelo Quarto Branco, e veja como eles estão atualmente, em seguida.
 

Estratégias e experiências no Quarto Branco

Ralf: "Eu queria dormir o máximo possível para tentar fazer o tempo passar. Acordei umas três vezes durante a noite com ataques de pânico. Foi talvez a pior experiência que tive na vida".

Newton: "Depois de chegar no Quarto Branco e só lá saber das regras malucas, não faria nada de diferente. Se soubesse das regras antecipadamente, não teria levado o Leo, e sim a Ana ou Naiá. Pode ser que elas 'surtassem' e apertassem o botão para sair [em relação ao fato de ter levado um de seus melhores amigos ao desafio]".

Leo: "O chato mesmo são aquelas luzes brancas, paredes brancas cheias de pontinhos, acaba deixando a gente um tanto tonto. Porém, se você está bem psicologicamente, releva tudo isso e vai em busca do milhão".

Cacau: "Se levar amigos dentro desse quarto, é muito mais fácil, acaba sendo até divertido, uma expeirência única."

Angélica: "Chamei duas pessoas que eram muito boas em prova de resistência. A ideia nunca foi que algum dos três apertasse o botão da desistência, mas que a gente passasse o tempo da forma mais divertida possível. No fundo, foi uma experiência muito positiva"

Serginho: "A gente fazia muita piada, cantava, brincava, tentava se desvirtuar do que estava acontecendo".
 

Quarto Branco ou pré-confinamento: o que é pior?

Ralf: "No meu programa, o pré-confinamento durou 10 dias. Sempre tem participantes que desistem nessa fase. A diferença é que o quarto do hotel tem janelas, ventilação, distrações, a porta não fica trancada e durante todo o dia diferentes pessoas entram em contato com você, para ver tamanho de roupa, estilo, contrato, regras do programa. Você não se sente preso".

Newton: "Achei o pré-confinamento bem mais difícil. [Havia] a ansiedade de entrar no BBB e a de ficar sozinho sem ter nada para fazer. No Quarto Branco, tinha companhia, já estava no programa e sabia que eles não fariam nada que prejudicasse nossa saúde".

Leo: "No caso, [o pré-confinamento] eram 10 dias de hotel, já sem televisão, telefone, relógio ou qualquer coisa. O que difere do Quarto Branco é que no hotel ainda não somos conhecidos, já no Quarto Branco, nosso psicológico está a mil, sem saber como está nossa imagem aqui fora e há nervosismo devido à falta de comida, no caso de ter ficado na 'xêpa'."

Cacau: "Acho que o pré-confinamento é pior, porque você está sozinho e não tem com quem conversar. É aquela tensão de começar o programa logo, quem serão os participantes. No Quarto Branco, você tem com quem conversar e já está dentro da casa".

Angélica: "O pré-confinamento foi um pouco mais complicado. [...] A gente ganhou uns iPods [aparelho de música] só nos últimos dias. Até então, a gente tinha no máximo algumas revistas muito antigas e palavras cruzadas, e falava estritamente o necessário com os seguranças e as pessoas da produção, que sempre checavam se estava tudo bem".
 

Retorno do Quarto Branco ao BBB 20

Ralf: "Acho o Quarto Branco perigoso para a saúde mental dos participantes. Você pode nunca ter pânico na vida, mas depois da primeira vez, a chance de ter outras é muito grande. Desejo toda a sorte do mundo aos participantes do BBB 20 que entrarem lá. E que Deus os proteja".

Newton: "O quarto, em si, não acho complicado, e sim os agravantes das regras. Se tiver uma eliminação como teve o nosso, aí sim pode ser que seja complicado. Mas Quarto Branco, por si só, acho barbada".

Leo: "Hoje, vendo de fora, eu com certeza ficaria dias e dias lá dentro. Estou aberto a um chamado do 'big boss' Boninho. Ia ser uma surpresa grande recepcionar alguém lá dentro do Quarto Branco!"

Cacau: "Acho super legal a volta do Quarto Branco, porque essa é uma edição comemorativa, em que acontecem as provas que estão mais na memória da galera. Hoje, 10 anos depois, dá um saudosismo e até o Quarto Branco dá saudade".

Angélica: "Existe essa áurea de terror, quase de tortura. Na verdade, eu garanto que não é. Na cabeça das pessoas, pode ter marcado mais a edição anterior, quando o Leo Jancu pediu a desistência, como uma coisa terrível, porque no nosso não foi".

Serginho: "Eu acho o máximo. Quarto Branco é para ser uma coisa que mexa com nosso psicológico. Boninho tá inovando, fiquei sabendo em relação ao teto descendo, acho que vai ser muito mais angustiante, muito mais tenso." 

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