Fruto de um projeto de conclusão do ensino técnico em mecânica da Fundação Liberato (RS) ao lado do colega Eduardo Trierweiler Boff, o gaúcho Lucas Strasburg levou o sonho a diante e hoje luta para conseguir inserir no mercado uma prótese com custo mais baixo, 100% brasileira e feita com produtos recicláveis.A ideia do projeto surgiu há sete anos, quando a dupla viu um rapaz amputado andando com dificuldade. “Aí acendeu uma lâmpada: há tanto avanço na medicina, mas ainda não colocamos um paciente andando direito?”, contou Lucas à Revista Exame.De acordo com Lucas, a prótese de madeira oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde deixa muito a desejar e a outra opção possível são as próteses importadas, mas devido ao alto valor, ficam restrita às pessoas que têm dinheiro. O que Lucas pretende é entregar uma prótese com custo entre 30% e 40% mais baixo que a concorrência internacional, mas com a qualidade similar.Contudo, para abaixar o preço, o rapaz precisou encontrar uma matéria prima que fosse mais barata e percebeu que utilizando as fibras de garrafas PET, poderia alcançar resultados similares às próteses importadas. A ideia inovadora da dupla, inclusive teve repercussão fora do país e gerou prêmios como o da Braskem e do Massachussetts Institute of technology.O jovem que já recusou até proposta de emprego no Canadá, segue firme acreditando em seu projeto e a previsão é de que a prótese chegue ao mercado até o final de 2017. “O que mais quero é colocar esse produto no mercado e ter uma renda que é fruto de ajudar as pessoas”, conclui Lucas.